Avaliação de depressão, ansiedade e estresse da equipe de enfermagem no contexto hospitalar

Abstract

Objetivo: analisar os níveis de depressão, ansiedade e estresse entre profissionais de enfermagem da emergência. Método: Estudo transversal realizado com 90 profissionais de enfermagem. A coleta de dados incluiu a aplicação da escala DASS-21 para medir os níveis de depressão, ansiedade e estresse, além de um questionário sociodemográfico e laboral. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, testes de associação e regressão de Poisson multivariada. Resultados: A amostra foi composta predominantemente por mulheres (67,8%), com idade média de 45,7 anos. A maioria dos profissionais não apresentou sintomas significativos de depressão (80%), ansiedade (88,9%) e estresse (96,7%). No entanto, 20% apresentaram sintomas de depressão, 11,1% de ansiedade e 3,3% de estresse. A análise multivariada identificou que uma carga horária semanal superior a 44 horas estava significativamente associada a maiores níveis de depressão (RP=2,77; p=0,013), ansiedade (RP=4,28; p=0,016) e estresse (RP=1,13; p=0,038). A idade também foi um fator protetor contra a ansiedade (RP=0,93; p=0,008), enquanto os enfermeiros apresentaram uma prevalência maior de estresse em comparação aos técnicos de enfermagem (RP=4,5; p=0,029). Conclusão: Os resultados indicam que uma carga horária elevada está associada a níveis mais altos de depressão, ansiedade e estresse entre os profissionais de enfermagem. Intervenções focadas na redução da carga horária e na promoção do bem-estar mental são necessárias para melhorar a qualidade de vida desses profissionais. Além disso, estratégias específicas de apoio devem ser direcionadas a enfermeiros, que apresentaram maior prevalência de estresse.