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dc.contributor.advisorPerrone, Cláudia Mariapt_BR
dc.contributor.authorRancich, Juliana Martins Costapt_BR
dc.date.accessioned2024-09-07T06:16:51Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/278557pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa-intervenção tem como objetivo investigar a construção de uma escuta e de uma clínica psicanalítica pública, aberta, em um Coletivo de mulheres na periferia de Porto Alegre. O trabalho se desenvolveu a partir da oferta de uma escuta psicanalítica a contrapelo, ou seja, orientada pela intenção em ouvir vozes que não são escutadas na cultura, a dos oprimidos, para articulá-las desde um uma escuta clínico-política. Para tal, iniciou-se uma investigação sobre o Coletivo de mulheres como uma fábrica de sonhos, problematizando os significantes sonho e despertar, como operadores de uma política de vida em oposição à necropolítica no território. Um segundo eixo de discussão investiga como foi se dando o desenvolvimento de uma clínica pública de psicanálise dentro de um Coletivo de mulheres que é uma ocupação na periferia, problematizando os impasses no poder e seus desdobramentos. Em um terceiro momento foi feita uma discussão sobre feminismo e interseccionalidade, raça, gênero, classe e território na construção oniropolítica do Coletivo, bem como a implicação dessas categorias interseccionais para o sofrimento clínico-político. Através da escuta semanal de mulheres, pelo período de nove meses, de forma individual e também em grupo aberto, a pesquisa-intervenção ocorreu a partir da metodologia psicanalítica, ancorada na escuta flutuante e na livre associação, em articulação com proposição de trabalhar a partir de fragmentos narrativos. Cada fragmento carrega a marca de uma subjetividade, articulada com outras, o que permite um trabalho de direção clínico política. Os resultados da pesquisa indicam que é pertinente o desenvolvimento de clínicas públicas que se atenham aos processos de subjetivação e formação do laço social brasileiro, considerando a formação do país, atravessada de maneira estrutural pela colonização. A escuta em grupo mostrou-se a metodologia mais indicada para a intervenção, pois o tratamento do sofrimento sociopolítico ultrapassa o campo individual, envolve o corpo e é uma experiência compartilhada, na qual a partilha do sofrimento se refere a uma experiência corporal subjetiva e, também, comum.pt_BR
dc.description.abstractThis intervention research aims to investigate the construction of listening and an open, public psychoanalytic clinic in a women's collective on the outskirts of Porto Alegre. The work developed from the offer of a psychoanalytic listening against the grain, that is, guided by the intention to listen to voices that are not heard in the culture, that of the oppressed, to articulate them from a clinical-political listening. To this end, an investigation began into the Women's Collective as a dream factory, problematizing the signifiers of dream and awakening, as operators of a life policy in opposition to necropolitics in the territory. A second axis of discussion investigates how the development of a public psychoanalysis clinic occurred within a women's collective that is an occupation on the outskirts, problematizing the impasses in power and their consequences. In a third moment, there was a discussion about feminism and intersectionality, race, gender, class and territory in the oniropolitical construction of the Collective, as well as the implication of these intersectional categories for clinical-political suffering. Through weekly listening to women, for a period of seven months, individually and also in an open group, the intervention research took place based on psychoanalytic methodology, anchored in floating listening and free association, in conjunction with the proposition of working with narrative fragments. Each fragment carries the mark of a subjectivity, articulated with others, which allows a clinical-political direction work. The research results indicate that it is pertinent to develop public clinics that focus on the processes of subjectivation and formation of the Brazilian social bond, considering the formation of the country, structurally crossed by colonization. Group listening proved to be the most suitable methodology for intervention, as the treatment of sociopolitical suffering goes beyond the individual field, involves the body and is a shared experience, in which the sharing of suffering refers to a subjective and common bodily experience.en
dc.description.abstractEsta investigación-intervención tiene como objetivo investigar la construcción de una escucha y una clínica psicoanalítica pública y abierta en un colectivo de mujeres en la periferia de Porto Alegre. El trabajo se desarrolló a partir del ofrecimiento de una escucha psicoanalítica a contracorriente, es decir, guiada por la intención de escuchar voces que no son escuchadas en la cultura, la de los oprimidos, para articularlas desde una escucha clínico-política. Para ello, se inició una investigación sobre el Colectivo de Mujeres como fábrica de sueños, problematizando los significantes del sueño y del despertar, como operadoras de una política de vida en oposición a la necropolítica en el territorio. Un segundo eje de discusión investiga cómo se produjo el desarrollo de una clínica pública de psicoanálisis dentro de un colectivo de mujeres que es una ocupación en la periferia, problematizando los impases en el poder y sus consecuencias. En un tercer momento, se discutió sobre feminismo e interseccionalidad, raza, género, clase y territorio en la construcción oniropolítica del Colectivo, así como la implicación de estas categorías interseccionales para el sufrimiento clínico-político. A través de escuchas semanales a mujeres, durante un período de siete meses, de forma individual y también en grupo abierto, se desarrolló la investigación de intervención basada en la metodología psicoanalítica, anclada en la escucha flotante y la asociación libre, en conjunto con la propuesta de trabajar a partir de fragmentos narrativos. Cada fragmento lleva la marca de una subjetividad, articulada con otras, que permite un trabajo de dirección clínico-política. Los resultados de la investigación indican que es pertinente desarrollar clínicas públicas que aborden los procesos de subjetivación y formación del vínculo social brasileño, considerando la formación del país, estructuralmente atravesado por la colonización. La escucha grupal demostró ser la metodología de intervención más adecuada, ya que el tratamiento del sufrimiento sociopolítico va más allá del campo individual, involucra el cuerpo y es una experiencia compartida, en la que compartir el sufrimiento se refiere a una experiencia corporal subjectiva y también común.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectColetivo Preta Velhapt_BR
dc.subjectPsychoanalysisen
dc.subjectEscuta psicanalíticapt_BR
dc.subjectPublic clinicen
dc.subjectWomemen
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectCollectiveen
dc.subjectClínica psicanalíticapt_BR
dc.subjectEnfrentamentopt_BR
dc.subjectRacismen
dc.subjectPsicoanálisises
dc.subjectInterseccionalidadept_BR
dc.subjectClínica públicaes
dc.subjectPsicanálise e políticapt_BR
dc.subjectMujereses
dc.subjectÁreas de pobrezapt_BR
dc.subjectColectivoes
dc.subjectRacismopt_BR
dc.subjectRacismoes
dc.subjectViolênciapt_BR
dc.subjectPorto Alegre (RS)pt_BR
dc.titleEscutar a contrapelo : clínica pública de psicanálise em um coletivo de mulheres na periferiapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001207835pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologia, Serviço Social, Saúde e Comunicação Humanapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Culturapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2024pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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