Avaliação da assistência farmacêutica : um olhar sobre a gestão na atenção primária à saúde nos municípios do Rio Grande do Sul

Abstract

Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal com principal objetivo descrever as políticas da gestão da Assistência Farmacêutica (AF) do Sistema Único de Saúde (SUS) na Atenção Primária à Saúde (APS) em 28 municípios do Rio Grande do Sul, como as condições que se encontra a gestão em saúde e como se enquadra o papel do farmacêutico atuando como gestor da AF. As cidades foram selecionadas por serem sedes de Coordenadorias Regionais de Saúde e/ou possuírem população superior a 100 mil habitantes. Realizou-se a coleta por meio de entrevistas com responsáveis pela gestão da AF aplicando um questionário elaborado a partir de revisões na literatura. No qual os resultados apontam que um bom número de farmacêuticos compõe a gestão, mas nem todos são gestores e dos que possuem o cargo uma pequena parcela atua exclusivamente como gestor da AF. Outro dado relevante é o baixo número de farmacêuticos capacitados a usar tecnologias em saúde e por consequência a despreocupação destes profissionais na imposição do seu papel perante a Atenção Básica à Saúde. Há necessidade de a AF ser vista além da dispensação de medicamentos, mas como um todo que caracteriza serviços técnicos-gerencias e técnico-assistenciais, assim como o compromisso do farmacêutico presente nas políticas em saúde. Conclui-se que a descentralização da gestão da AF reconheça suas responsabilidades técnicas, gerenciais e de políticas no âmbito municipal na área da 7 saúde. Juntamente com a inserção do profissional farmacêutico capacitado e atuante como gestor da Assistência Farmacêutica.

This is a descriptive cross-sectional study with the main objective of describing the politics of Pharmaceutical Services management of the Unified Health System (SUS) in Primary Health Care (PHC) in 28 cities of Rio Grande do Sul, the conditions of health management and how the role of the pharmacist acting as a Pharmaceutical Services manager fits in. The cities were selected for being seats of Regional Health Coordinators and/or having a population higher than 100 thousand inhabitants. The data was collected by means of interviews with people in charge of Pharmaceutical Services management, applying a questionnaire based on literature reviews. The results indicate that a good number of pharmacists are part of the management, but not all of them are managers and of those who hold the position, a small number acts exclusively as Pharmaceutical Services managers. Another relevant data is the low number of pharmacists trained to use health technologies and consequently the lack of concern of these professionals in imposing their role in Primary Health Care. There is a need for Pharmaceutical Services to be seen beyond drug dispensing, but as a whole that characterizes technical-managerial and technical-assistance services, as well as the commitment of the pharmacist present in health policies. It is concluded that the decentralization of Pharmaceutical Services management recognizes its technical, managerial, and political responsibilities in the municipal scope of health. Along with the insertion of the qualified and active pharmaceutical professional as a manager of Pharmaceutical Services.