Políticas de finamento : gordofobia em espaços de cuidados em saúde
dc.contributor.advisor | Machado, Paula Sandrine | pt_BR |
dc.contributor.author | Novais, Flávia Luciana Magalhães | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-07-25T06:29:45Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/276685 | pt_BR |
dc.description.abstract | O peso corporal é utilizado como uma das muitas formas de moralização e hierarquização de sujeitos em relação a si mesmos e com os demais. Em nossa sociedade, o corpo gordo é entendido como uma ameaça, como uma corporalidade que necessita de correção e controle por representar um risco constante de morte. Esta tese propõe, a partir de uma narração em primeira pessoa e utilizando a autoetnografia (MISTRO, 2021; PERIN, 2020; ABU-LUGHOD, 2018; GAMA, 2020) enquanto metodologia teórico-narrativa, intimamente inspirada na defesa de uma pesquisa localizada (HARAWAY, 1995) e na praxiografia (MOL, 1999, 2002, 2008, 2010), como numa colcha de retalhos, costurar diversas experiências, práticas, sensações e discursos sobre produção de cuidados em saúde. Além disso, enfrenta se o problema de práticas de cuidados que promovem a perda de peso como única alternativa de garantia de uma vida compreendida como saudável. Partindo de processos como a medicalização e biomedicalização da vida (ILLICH, 1975; ORTEGA, 2009; CLARKE ET AL., 2003; CONRAD; 1992;1975) e biopoder (FOUCAULT, 1995), que resultam também na produção de discursos patologizantes acerca da gordura nos corpos, bem como na criação de diversas políticas de controle de peso de populações, cria-se, neste trabalho, o conceito de “Políticas de Finamento” para incorporar práticas, procedimentos e políticas públicas com fins de emagrecimento, que muitas vezes têm servido para produzir adoecimento, e, em alguns casos, efetivamente causar a morte de pessoas gordas. Como sugestão para a superação de tais práticas de controle e violações, e propor novas formas de cuidados em saúde a partir de uma proposta do cuidado enquanto múltiplo (MOL, 2008), este escrito tece também o conceito de Cuidados Contextuais, como um composto (HARAWAY, 2012) de ações, rotinas, saberes que são colocados em jogo nos processos cotidianos do viver e produzir saúde e bem-estar para corpos diversos, independente da sua forma e tamanho. | pt_BR |
dc.description.abstract | Body weight is used as one of the many forms of moralization and hierarchization of individuals in relation to themselves and others. In our society, the fat body is understood as a threat, as a corporeality that needs correction and control as it represents a constant risk of death. This thesis proposes, based on a first-person narration and using autoethnography (MISTRO, 2021; PERIN, 2020; ABU LUGHOD, 2018; GAMA, 2020) as a theoretical-narrative methodology, closely inspired by the defense of localized research (HARAWAY, 1995) and in praxiography (MOL, 1999, 2002, 2008, 2010), as in a patchwork quilt, stitch together different experiences, practices, sensations and discourses about the production of health care. In addition, we face the problem of care practices that promote weight loss as the only alternative to guarantee a life understood as healthy. Starting from processes such as the medicalization and biomedicalization of life (ILLICH, 1975; ORTEGA, 2009; CLARKE ET AL., 2003; CONRAD; 1992;1975) and biopower (FOUCAULT, 1995), which also result in the production of pathologizing discourses about fat bodies, as well as in the creation of weight control policies for populations, this work creates the concept of “Thinning Policies” to incorporate practices, procedures and public policies with weight loss purposes, which often have served to produce illness, and, in some cases, actually cause the death of fat people. As a suggestion for overcoming such control practices and violations, and proposing new forms of health care based on a idea of care as multiple (MOL, 2008), this writing also weaves the concept of Contextual Care, as a compound ( HARAWAY, 2012) of actions, routines, knowledge that are put into play in the daily processes of living and producing health and well-being for different bodies, regardless of their shape and size. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Care | en |
dc.subject | Preconceito de peso | pt_BR |
dc.subject | Health | en |
dc.subject | Obesidade | pt_BR |
dc.subject | Saúde | pt_BR |
dc.subject | Medicalization | en |
dc.subject | Medicalização | pt_BR |
dc.subject | Fatphobia | en |
dc.subject | Autoethnography | en |
dc.subject | Redução de peso | pt_BR |
dc.title | Políticas de finamento : gordofobia em espaços de cuidados em saúde | pt_BR |
dc.title.alternative | Thinness policies : fatphobia in health care spaces | en |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001206139 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Psicologia | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
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Ciências Humanas (7477)