Transpiração foliar em quatro espécies lenhosas de restinga sob diferentes disponibilidades de nitrogênio
Fecha
2006Autor
Nivel académico
Grado
Tipo
Resumo
Dentre os recursos nutricionais disponibilizados aos vegetais, o nitrogênio é o macronutriente mais limitante ao crescimento dos mesmos. Uma vez que muitos nutrientes movem-se do solo às raízes principalmente por fluxo de massa, a quantidade destes que é fornecida à planta por esse processo depende não só dos níveis de nutrientes na solução do solo, mas também da taxa de transpiração foliar, a qual depende da condutância estomática. Este estudo tem como principal objetivo testar a hipótese de q ...
Dentre os recursos nutricionais disponibilizados aos vegetais, o nitrogênio é o macronutriente mais limitante ao crescimento dos mesmos. Uma vez que muitos nutrientes movem-se do solo às raízes principalmente por fluxo de massa, a quantidade destes que é fornecida à planta por esse processo depende não só dos níveis de nutrientes na solução do solo, mas também da taxa de transpiração foliar, a qual depende da condutância estomática. Este estudo tem como principal objetivo testar a hipótese de que plantas submetidas a baixas doses de nitrogênio aumentam o fluxo de massa através do aumento na condutância estomática e transpiração foliar, a fim de compensarem a baixa disponibilidade de nutrientes. Espécies de ambientes de restinga enfrentam limitação nutricional, já que esses locais apresentam solo arenoso e pouco fértil. Neste estudo, plântulas de quatro espécies lenhosas de restinga (Daphnopsis racemosa, Erythroxylum argentinum, Eugenia myrcianthes e Vitex megapotamica) foram submetidas a três níveis de nitrogênio (solução nutritiva de Hoagland modificada a 100, 25 e 6,25% de nitrogênio total). Foram feitas seis medidas de transpiração foliar e condutância estomática em três indivíduos de cada espécie e tratamento ao longo de um ano, e uma única medida de potencial hídrico. Apenas D. racemosa respondeu conforme nossa hipótese inicial (transpirações de 0,96, 1,86 e 1,95 mmol m⁻² s⁻¹ nos níveis alto, médio e baixo de nitrogênio, respectivamente), e V. megapotamica, por sua vez, respondeu de forma oposta à esperada. Acredita-se que contrastes na longevidade e nas características foliares entre essas duas espécies possam estar relacionados a esses padrões de resposta, uma vez que espécies perenifólias (D. racemosa), por geralmente exibirem menores taxas fotossintéticas, parecem apresentar menor demanda por nutrientes presentes no solo do que espécies caducifólias (V. megapotamica). Em E. myrcianthes os parâmetros avaliados não responderam de forma linear às doses de nitrogênio, e exibiram pouca variação em E. argentinum. Assim, de acordo com os resultados, baixas doses de nitrogênio nem sempre refletem num aumento da condutância estomática, sendo as respostas dependentes da identidade das espécies. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Ênfase Ambiental: Bacharelado.
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