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dc.contributor.advisorFragoso, Suely Dadaltipt_BR
dc.contributor.authorMacedo, Tarcízio Pereirapt_BR
dc.date.accessioned2024-03-19T05:02:58Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/273736pt_BR
dc.description.abstractEsta tese discute as práticas e as abordagens dos esports no Brasil, a partir de uma proposta etnográfica de escuta e (re)montagem de histórias subalternas contadas por jogadores do cenário brasileiro de Free Fire (FF). Considerado aqui um Movimento competitivo, essa cena surgiu no país em dezembro de 2017 e levou à formação de um amplo movimento comunitário que abrange quase toda parte do território nacional com acesso à internet, sinal telefônico e aparelhos smartphones, tanto em zonas urbanas quanto rurais. A escrita do trabalho foi atravessada por um contexto histórico de crise sanitária, imposta pela emergência de uma pandemia de 2020 a 2023, e pela ascensão e queda da popularidade de FF no Brasil no mesmo período. Essas circunstâncias produziram dois desdobramentos para esta tese. Primeiro, demandaram pôr a pesquisa em movimento e discussões sobre uma etnografia feita movimento. Em seguida, deslocaram a problematização para a exposição dos modos de fazer e (re)inventar o cenário de FF e uma etnografia, em outras palavras, métodos. Isso é feito a partir da descrição das práticas de conhecimento e dos modos de fazer-FF desses jogadores frente a seus sonhos de profissionalização, à medida que protagonizavam suas lutas coletivas à sombra do esport profissional. A tese, portanto, é articulada pela experiência etnográfica, que se estende das comunidades do Pará e de Belém até outros movimentos competitivos do país, especialmente o circuito da Taça das Favelas Free Fire (TFFF). Durante junho de 2020 a janeiro de 2023, a pesquisa se aproximou de 42 jogadores campeões deste campeonato e percorreu por nove cidades de diferentes estados. Por meio de uma série de encontros com o pensamento de fronteira daqueles que jogam sob outras estruturas de saber-poder, foram construídos diálogos interepistêmicos que narram as histórias e memórias de dez jogadores desse movimento. Dado que a tese busca uma abordagem interepistêmica e plurimetodológica inspirada pela gramática decolonial, o percurso é baseado no reconhecimento de outros saberes e métodos marginalizados e num exercício de desengajamento epistemológico, que propõe a escuta da enunciação dos jogadores como uma enunciação subalterna. A interpretação desse material é feita, por outro lado, a partir da análise de conteúdo etnográfico e análise de conteúdo categorial. Isso inclui a construção de um modelo analítico que identificou cinco mediações que atravessam os corpos e práticas dos jogadores em suas tentativas de profissionalização. Por meio da interpretação desses saberes e modos de fazer, combinando a diversidade metodológica com práticas criativas e epistemológicas, defende-se a posição incomum do movimento comunitário de FF no Brasil como um projeto decolonial (parcial e incompleto) que desenvolve opções nas ruínas do projeto moderno/colonial. Com efeito, ele produz práticas e pensamentos que ajudam a desestabilizar as narrativas conceituais e histórias convencionais sobre as relações Norte-Sul nos esports, mas, ao mesmo tempo, deixa de enfrentar os valores epistêmicos orientados para o Norte Global e estabelecidos como padrão no ecossistema competitivo de FF.pt_BR
dc.description.abstractThis thesis discusses the practices and approaches of esports in Brazil, employing an ethnographic proposal to listen to and (re)assemble subaltern stories told by players in the Brazilian Free Fire (FF) scenario. Considered here a competitive Movement, this scene emerged in the country in December 2017 and led to the formation of a broad community movement that covers almost all of the national territory with access to the internet, telephone signal, and smartphones, in both urban and rural areas. The writing of the work was influenced by a historical context of a health crisis, imposed by the emergence of a pandemic from 2020 to 2023, and the rise and fall of the popularity of FF in Brazil in the same period. These circumstances produced two developments for this thesis. First, they demanded that the research be set in motion and discussions about an ethnography in motion. Next, they shifted the problematization towards exposing the modes of doing and (re)inventing the FF scenario and an ethnography, in other words, methods. This is accomplished by describing the knowledge practices and modes of FF-making of these players in the face of their dreams of professionalization, as the carried out their collective struggles in the shadow of professional esports. The thesis is articulated by the ethnographic experience, extending from the communities of Pará and Belém to other competitive movements in the country, especially the Favelas Free Fire Cup (TFFF) circuit. From June 2020 to January 2023, the research approached 42 champion players of this championship and traveled through nine cities in different states.. Through a series of encounters with border thinking of those who play under other structures of knowledge-power, interepistemic dialogues were constructed that narrate the stories and memories of ten players in this movement. Given that the thesis seeks an interepistemic and plurimethodological approach inspired by decolonial grammar, the path is based on the recognition of other marginalized knowledges and methods and on an exercise in epistemological disengagement, which proposes listening to the players’ enunciation as a subaltern enunciation. The interpretation of the ethnographic material is made, on the other hand, through ethnographic content analysis and categorical content analysis. This includes construction an analytical model identifying five mediations that crosses the bodies and practices of players in their attempts at professionalization. Through the interpretation of this knowledge and modes of doing things, combining methodological diversity with creative and epistemological practices, defend the unusual position of the community FF movement in Brazil is defended as a (partial and incomplete) decolonial project that develops options in the ruins of the modern/colonial project. In effect, it produces practices and thoughts that help to destabilize conventional conceptual narratives and stories about North-South relations in esports, but at the same time fails to confront the epistemic values oriented towards the Global North and established as standard in the competitive FF ecosystem.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectJogos digitaispt_BR
dc.subjectCommunicationen
dc.subjectGame studiesen
dc.subjectDecolonialidadept_BR
dc.subjectMediação (Comunicação)pt_BR
dc.subjectEsportsen
dc.subjectFree Fireen
dc.subjectDecolonialityen
dc.subjectMediationen
dc.subjectGlobal Southen
dc.titleQuem não sonhou em ser jogador de videogame? Free Fire, movimento e as mediações do esport no Brasilpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001198584pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Biblioteconomia e Comunicaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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