Avaliação endócrina e resposta endometrial de pacientes pós-menopáusicas hipertensas em terapia de reposição hormonal com 17 ß-estradiol percutâneo associado à progesterona micronizada natural via vaginal
Fecha
1999Tutor
Co-director
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
A terapia de reposição hormonal (TRH), que teve seu início na década de 70, vem sofrendo uma atualização constante no sentido de poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para as mulheres que se encontram no climatério. Observa-se desde então que inúmeras alternativas de tratamento, drogas, doses e vias de administração tem sido estudadas no sentido de reduzir o impacto de efeitos adversos e o número de contra-indicações ao uso de TRH. Se por um lado existem benefícios bem definidos, por ...
A terapia de reposição hormonal (TRH), que teve seu início na década de 70, vem sofrendo uma atualização constante no sentido de poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para as mulheres que se encontram no climatério. Observa-se desde então que inúmeras alternativas de tratamento, drogas, doses e vias de administração tem sido estudadas no sentido de reduzir o impacto de efeitos adversos e o número de contra-indicações ao uso de TRH. Se por um lado existem benefícios bem definidos, por outro, ainda necessitaremos mais tempo para avaliar a sua real segurança em situações específicas. Este trabalho teve por objetivo principal o estudo da resposta endometrial sob a ação do estrogênio natural percutâneo associado à progesterona natural via vaginal em mulheres hipertensas leve ou moderadas. Os objetivos secundários foram a avaliação da efetividade do esquema de reposição hormonal utilizado, através dos níveis séricos do hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e estradiol, a variabilidade do peso através do índice de massa corpórea (IMC), assim como a presença de sangramento vaginal. Vinte mulheres na pós-menopausa, hipertensas leves ou moderadas, previamente estabilizadas com amlodipina, utilizaram o 17 J3 estradiol percutâneo, na dose de 1,5 mg/dia associado a progesterona natural micronizada, 100 mg/dia, via vaginal, em esquema seqüencial de 21/28 dias, durante 12 meses. O endométrio foi analisado antes do início da TRH, aos 6 e 12 meses de tratamento através de ultra-sonografia pélvica transvaginal (TVS) e histeroscopia diagnóstica com biópsia seguida de estudo histológico. As gonadotrofinas séricas e o estradiol foram coletados antes do início do tratamento, aos 3, 6, 9, 12 e três meses após o término do mesmo e analisadas utilizando kits comerciais de dosagem. O sangramento vaginal foi registrado todas as vezes que ocorreu e analisado no término do estudo. O índice de massa corpórea foi calculado através da medida do peso e altura antes do início do tratamento e ao término dos 12 meses. O endométrio apresentou-se atrófico em 95% das pacientes antes do início do tratamento mantendo-se assim em 55% delas ao ,término ,do mesmo. As demais apresentaram variações entre endométrio proliferativo e secretor; porém nenhum caso de hiperplasia ,ou câncer endometrial foi diagnosticado. A medida da espessura endometrial pela ultra-sonografia pélvica transvaginal não apresentou modificações ao longo do tratamento. A histeroscopia diagnóstica inicial demonstrou a presença de pólipos na cavidade uterina em 5 pacientes, porém o endométrio manteve-se com espessura menor do que 4 mm durante todo o tratamento. Os níveis de gonadotrofinas apresentaram uma diminuição significativa, sendo maior para o FSH do que para o LH, mantendo-se assim durante todo o tratamento. O estradiol apresentou um aumento estatisticamente significativo dos níveis séricos durante todo o período de uso da medicação. O índice de massa corpórea não apresentou variações significativas. Quanto ao sangramento, a população estudada pôde ser dividida em dois grupos, "raro ou ausente" e "freqüente", que quando comparados entre si mostrou apenas o índice de massa corpórea estatisticamente maior no grupo com sangramento "freqüente". Assim, o uso deste esquema de reposição hormonal trouxe um aumento dos níveis de estradiol, diminuição dos níveis de gonadotrofmas e não alterou o índice de massa corpórea. O sangramento vaginal esteve presente em 70% das pacientes classificadas como apresentando sangramento "freqüente" e em 30% como sangramento "raro ou ausente" . Porém, apesar do endométrio sofrer modificações histológicas durante o uso deste esquema de reposição hormonal, não apresentou alterações patológicas como hiperplasia e câncer endometrial. ...
Abstract
Hormonal Replacement Therapy (HRT), which began in the 70's has been changing constantly in order to propiciate better quality of life to women in the climacterium. It has been observed that many alterative treatments, drugs, doses and administration were studied to reduce the impact of side-effects and the number of contraindications to the use of HRT. There are well-defined benefits, but we still need more time to evaluate the real security of HRT in specific situations. The main objective of ...
Hormonal Replacement Therapy (HRT), which began in the 70's has been changing constantly in order to propiciate better quality of life to women in the climacterium. It has been observed that many alterative treatments, drugs, doses and administration were studied to reduce the impact of side-effects and the number of contraindications to the use of HRT. There are well-defined benefits, but we still need more time to evaluate the real security of HRT in specific situations. The main objective of this work is to study the response of the endometrial behavior under the action of percutaneous natural oestrogen associated with the natural progesterona via the vagina of slightly or moderately hypertense women. The secondary objectives are: the evaluation of the effectiveness of the hormonal replacement scheme used, through the blood levels of the follicle stimulating hormone (FSH), luteinising hormone (LH) and oestradiol; the study of the variability of weight through the index of corporeal mass (ICM) as well as the investigation on the presence of vaginal bleeding. Twenty women in the post-menopause period, slightly or moderately hipertense, and previously stabilized with amlodipine, used the 17 f3 percutaneous oestradiol (1.5 mg/day) associated with the natural micronized progesterone (100 mg/day), via the vagina, in a sequencial scheme of 21/28 days, during 12 months. The endometrium was analysed before the beginning of the HRT, in the 6 and 12 month of the treatment through a transvaginal pelvic ultrasound (TVS) and diagnostic histeroscopy with biopsy followed by a histologic study. The gonadotrophins and the oestradiol were collected before the beginning of the treatment in the 3, 6, 9, 12 months and 3 months after its ending; they were analysed using comercial dosage kits, The vaginal bleeding was recorded whenever it happened and analised at the end of the study. Toe index of corporeal mass was calculated from the measurements of weight and height before the beginning of the treatment and at the end of the 12 month period. Toe endometrium appeared atrophic in 95% of the patients before the beginning of the treatment without changes in 55% of them at the end of the treatment. Toe other patients displayed variations between a proliferative and a secretory endometrium, but no cases of hyperplasia or endometrial cancer were diagnosed. Toe endometrial width measured with TVS did not show changes throughout the treatment. Toe diagnostic histeroscopy showed the presence of pollyps in the uterus of 5 patients, but the endometrium displayed a width smaller than 4 mm throughout the treatment. Gonadotrophins' levels showed significant reduction, which was larger for the FSH than for the LH; this resulted valid throughout the treatment. Oestradiol levels displayed a statistically significant increase during the period of the medication. Toe index of corporeal mass did not vary significantly. As for the vaginal bleeding we observed the presence of two groups: "rare or absent" and "frequent". "When compared against each other we noticed that only the ICM was statistically larger in the group with "frequent" bleeding. Therefore the use of this scheme of hormonal replacement caused an increase in oestradiol levels, a decrease in the gonadotrophins levels and did not change the ICM. Vaginal bleeding was present in 70% of the patients classified in the "frequent" group and in 30% of those in the "rare or absent" group. Despite the histologic changes in the endometrium during this hormone replacement scheme, no pathological changes, like hiperplasia and endometrial cancer, were noticed. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Fisiologia.
Colecciones
-
Ciencias Biologicas (4090)Fisiología (417)
Este ítem está licenciado en la Creative Commons License