Home office : impactos do teletrabalho na vida profissional dos trabalhadores

Abstract

Desde a década de 90 tem se visto um aumento do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) o que levou a várias mudanças na forma de se trabalhar. Nesse contexto, surgiu o teletrabalho que nos últimos anos vinha mostrando um crescimento gradual na sua utilização e regulação, porém com o início da Pandemia do Coronavírus, as empresas se viram obrigadas a se adequar a essa nova forma de trabalho a fim de evitar a propagação do vírus e continuar suas atividades. Desde então, estudos têm sido realizados para mostrar como a utilização desse modelo se deu tanto nas organizações como na vida profissional dos trabalhadores inseridos nesse contexto. Vantagens e desvantagens para as empresas e para os teletrabalhadores têm sido destacas em diversos trabalhos de forma a auxiliar a evolução desta modalidade de trabalho. Desta forma, o estudo se propõe a refletir sobre como esse modelo de trabalho influencia a vida dos profissionais inseridos no teletrabalho. Na etapa de coleta de dados, foram realizadas entrevistas qualitativas com cinco pessoas que realizam suas atividades remotamente, a partir de um roteiro semi-estruturado, a fim de conhecer como o teletrabalho é vivenciado pelos próprios trabalhadores em seu dia a dia e, assim, identificar fatores que podem afetar na saúde e na vida profissional dos mesmos. A análise de dados foi construída dialogando com as informações recolhidas nas entrevistas, narradas pelos próprios trabalhadores, com o referencial teórico baseado em livros e artigos. Foram percebidos seis fatores gerados pelo teletrabalho: vantagens, perdas, estresse, casa versus trabalho, a existência de suporte ao teletrabalhores e qual a visão que outras pessoas têm desses teletrabalhadores. Por fim, destaca-se as conclusões acerca do trabalho remoto partindo das entrevistas e do referencial teórico apresentado.

Since the decade of 1990 an increase in the use of information and communication technologies (ICTs) has been observed, which resulted in changes in the ways of working. In this context, remote work emerged and was increasing its usage and regulation in recent years. However, with the coronavirus pandemic, companies were forced to adopt this work methodology to avoid the dissemination of the virus and continue their operations. Since then, studies have been developed to show the impacts of the use of this model in the companies and in the professional lives of the workers. Benefits and losses for the companies and the workers have been highlighted in many researches to contribute in the development of this methodology. In this scope, this research proposes to analyze how this model affects the life of the professionals inserted in the remote work. In the data collecting phase, qualitative interviews were carried out with five candidates which perform their activities remotely, using a semistructured script, in order to know how remote work is faced by the workers in their daily life, and thus identify factors that may affect their health and professional life. The data were analyzed by crossing the information from the interviews, narrated by the workers themselves, with the presented literature. Six factors were perceived: advantages, losses, stress, home versus work, the existence of support to the remote workers and the view that third parties have from the remote workers. Finally, conclusions about the data analysis based on the literature are presented.