A arte de contar em Julio Diniz : alguns aspectos da sua técnica narrativa
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Data
1978Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Este trabalho procura analisar os quatro romances de Júlio Dinis a partir das categorias narrativas propostas por Gérard Genette - tempo, modo e voz. Relatando os fatos em ordem fundamentalmente cronológica, dedicando muito espaço narrativo a pouco tempo de história, quase não empregando o iterativo, a narrativa dinisiana apresenta um tempo sempre lento, mas que nem sempre é sentido como tal pelo leitor, dependendo isto da maior ou menor relação entre o que é contado e a intriga, e da técnica u ...
Este trabalho procura analisar os quatro romances de Júlio Dinis a partir das categorias narrativas propostas por Gérard Genette - tempo, modo e voz. Relatando os fatos em ordem fundamentalmente cronológica, dedicando muito espaço narrativo a pouco tempo de história, quase não empregando o iterativo, a narrativa dinisiana apresenta um tempo sempre lento, mas que nem sempre é sentido como tal pelo leitor, dependendo isto da maior ou menor relação entre o que é contado e a intriga, e da técnica utilizada pelo narrador. Pequena é a distância entre a narrativa e a história, que - apesar das intromissões do narradorー, mantém sua autonomia enquanto ficção, graças ao predomínio da cena; a onisciência narrativa é atenuada pela observação da linguagem fisionômica e pelos monólogos interiores dos personagens. O narrador situa-se em um tempo posterior àquilo que relata e, embora conte, em primeiro nível, uma história da qual está ausente como personagem, deixa em todos os romances as marcas da sua presença ー como organizador do texto, testemunha emocionada e compreensiva, e crítico, geralmente brincalhão, mas, por vezes, acerbo. ...
Abstract
The finality of this work is to analyze the four Júlio Dinis's novels from the narratives categories proposed by Gérard Genette - time, manner and voice. Reporting the facts in a cronologic way, consecrating a great space of narrative to a little time of story, employing scarcely the iterative, the narration of Júlio Dinis ever presents a slow time, but not always the reader feels like that, proceeding this from the biggest or smallest relation between what is told and the plot, and from the te ...
The finality of this work is to analyze the four Júlio Dinis's novels from the narratives categories proposed by Gérard Genette - time, manner and voice. Reporting the facts in a cronologic way, consecrating a great space of narrative to a little time of story, employing scarcely the iterative, the narration of Júlio Dinis ever presents a slow time, but not always the reader feels like that, proceeding this from the biggest or smallest relation between what is told and the plot, and from the technic used by the narrator. There is a small distance between narrative and story; this one, in spite of narrator interferences, preserves its autonomy while fiction, due to the ascendancy of the scene; the omniscience is attenuated by the observation of the physiognomic expression and by the interior monologue of the characteres. The narrator stays in a time posterior to what he reports and, although he tells, in the first degree, a story from what he is absent as a character, he impresses in all his novels the traces of his presence - as the person who organizes the text, the kind and emotive witness and the critic generally player, but, sometimes, roughly. ...
Résumé
Ce travail cherche à analysér les quatres romans de Júlio Dinis selon les catégories narratives proposées par Gérard Genette - temps, mode et voix. En racontant les faits dans un ordre essentiellement chronologique, accordant beaucoup de space du récit a peu de temps de l'histoire, n'employant presque pas l'itératif, le récit dinisien présente un temps toujours lent, mais qui semble rapide ou lent au lecteur, selon le rapport plus grand ou plus petit entre ce qui est raconté et l'intrigue, et s ...
Ce travail cherche à analysér les quatres romans de Júlio Dinis selon les catégories narratives proposées par Gérard Genette - temps, mode et voix. En racontant les faits dans un ordre essentiellement chronologique, accordant beaucoup de space du récit a peu de temps de l'histoire, n'employant presque pas l'itératif, le récit dinisien présente un temps toujours lent, mais qui semble rapide ou lent au lecteur, selon le rapport plus grand ou plus petit entre ce qui est raconté et l'intrigue, et selon la technique employée par le narrateur. Il y a une petite distance entre te récit et l'histoire; celle-ci ー malgré les intrusions du narrateur ー, garde son autonomie comme fiction, à cause de la prédominance de la scène; l'omniscience narrative est atténuée par l'observation du langage physionomique et par les monologues intérieurs des personnages. Le narrateur se situe dans un temps ultérieur à ce qu'il narre et, malgré qu'il raconte, dans un premier niveau, une histoire dont il est absent comme personnage, il laisse dans tous les romans les traces de sa présence - comme organisateur du récit, comme témoin ému et compréhensif, et comme critique, souvent plaisant mais, quelques fois, sévère. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Curso de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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Linguística, Letras e Artes (2874)Letras (1770)
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