Maternidade, machismo estrutural e dispositivo de gênero : deslocamentos necessários à psicanálise atual
dc.contributor.advisor | Ferrari, Andrea Gabriela | pt_BR |
dc.contributor.author | Policarpo, Daniela Ramires | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-12-06T03:24:51Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/268051 | pt_BR |
dc.description.abstract | Mãe é um nome, um conceito que, a partir de um fenômeno biológico, passa a definir uma mulher. Há um arcabouço teórico-conceitual que delimita automaticamente os interesses que a mulher-mãe deve ter, as características que deve ostentar, as qualidades que deve adquirir imediatamente. Se para Lacan o inconsciente se estrutura como linguagem, uma palavra nunca é passiva, mas cria um mundo representativo que assujeita – eis que o sujeito se submete à linguagem. Esta pesquisa discute a importância de uma leitura crítica e contextualizada da psicanálise, a fim de desconstruir estereótipos de gênero. A partir de uma perspectiva histórico-cultural, aponta-se que a psicanálise produziu conhecimento com base no machismo estrutural e que a manutenção das leituras tradicionais acerca da maternidade configura, não somente um entrave interpretativo das relações sociais da atualidade, como uma ferramenta de manutenção da opressão feminina. Para desconstruir relações assimétricas de poder, é necessário problematizar o fazer científico desenvolvendo uma resistência crítica que propicie uma abertura de pensamento. Por meio da “profanação” de Agamben, desenvolvemos uma metodologia que instrumentaliza uma leitura crítica da produção intelectual em psicanálise publicada entre 2012 e 2022, com palavras-chave elegidas para os fins desta pesquisa, apontando pequenos deslocamentos disruptivos com vistas à desconstrução da lógica de dominação patriarcal na psicanálise. Conclui-se que muito já se avançou na teorização psicanalítica acerca da maternidade e que a atual produção em psicanálise nos aponta caminhos de desidentificação da mulher com a função de cuidado e a maior implicação social com este. | pt_BR |
dc.description.abstract | Mother is a name, a concept that, based on a biological phenomenon, defines a woman. There is a theoretical-conceptual framework that automatically delimits the interests that the woman-mother must have, the characteristics that she must display, the qualities that she must acquire immediately. If for Lacan the unconscious is structured as language, a word is never passive, but creates a representative world that subjects – since the subject submits to language. This research discusses the importance of a critical and contextualized reading of psychoanalysis, in order to deconstruct gender stereotypes. From a historical-cultural perspective, it is pointed out that psychoanalysis produced knowledge based on structural machismo and that the maintenance of traditional interpretations about motherhood configures, not only an epistemological obstacle of current social relations, but also a maintenance tool of female oppression. In order to deconstruct asymmetrical power relations, it is necessary to problematize scientific work by developing a critical resistance that fosters an open mind. Through the “profanation” of Agamben, we developed a methodology that instrumentalizes a critical reading of the intellectual production in psychoanalysis published between 2012 and 2022, with keywords chosen for the purposes of this research, pointing out small disruptive displacements with a view to deconstructing the logic of patriarchal domination in psychoanalysis. It is concluded that much progress has already been made in psychoanalytic theorizing about motherhood and that the current production in psychoanalysis points to ways of disidentifying women with the care function and the greater social implication related to it. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Psicanálise | pt_BR |
dc.subject | Maternity | en |
dc.subject | Dispositif | en |
dc.subject | Maternidade | pt_BR |
dc.subject | Feminism | en |
dc.subject | Dispositivo | pt_BR |
dc.subject | Psychoanalysis | en |
dc.subject | Culpa | pt_BR |
dc.subject | Gênero | pt_BR |
dc.subject | Clinical case | en |
dc.title | Maternidade, machismo estrutural e dispositivo de gênero : deslocamentos necessários à psicanálise atual | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001188986 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Psicologia | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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