O que ficou para trás? : percepções docentes sobre as desigualdades sociais durante o Ensino Remoto na Pandemia de Covid-19 e no retorno ao ensino presencial em uma escola estadual de Porto Alegre (RS)
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Data
2023Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Ao final do ano de 2019, uma doença, até então desconhecida em seres humanos, começa a se espalhar pelo mundo. A Organização Mundial de Saúde declarou, em março de 2020, estado de contaminação à nível de pandemia. A maior parte da população mundial, incluindo o Brasil, passou a adotar medidas sanitárias específicas e de distanciamento social, o que afetou diversos setores da sociedade, especialmente a educação. Com a interrupção do ensino no período, foi adotado o chamado Ensino Remoto Emergenc ...
Ao final do ano de 2019, uma doença, até então desconhecida em seres humanos, começa a se espalhar pelo mundo. A Organização Mundial de Saúde declarou, em março de 2020, estado de contaminação à nível de pandemia. A maior parte da população mundial, incluindo o Brasil, passou a adotar medidas sanitárias específicas e de distanciamento social, o que afetou diversos setores da sociedade, especialmente a educação. Com a interrupção do ensino no período, foi adotado o chamado Ensino Remoto Emergencial (ERE), em substituição temporária ao modelo presencial nas escolas. Neste trabalho é feita uma contextualização de alguns fatos envolvendo a pandemia no Brasil e no Estado do Rio Grande do Sul, relacionando os aos seus reflexos na educação brasileira e elencando características, diferenças da Educação à Distância e críticas do modelo emergencial de ensino, que evidenciou e intensificou as desigualdades sociais existentes entre os alunos. Por meio da análise de um questionário sobre desigualdades, aprendizado e o contexto da pandemia, é apresentado um estudo de caso em uma escola da cidade de Porto Alegre (RS), sobre as percepções de seus docentes sobre o tema. Os resultados se relacionam com a teoria de Pierre Bourdieu acerca da reprodução de desigualdades no contexto escolar. Buscou-se responder se a escola reproduziria desigualdades e se o contexto pandêmico teria as acentuado. At the end of 2019, a disease, up to then unknown to human beings, starts to spread across the world. On March 2020 the World Health Organization declared this outbreak a pandemic. Most of the globe population, Brazil included, came to adopt specific sanitary and social distancing measures, which affected many sectors, especially education. With the interruption of school during that time, brazillian government chose to take up the Emergency Remote Education (ERE), in temporary replacement for in person teaching. This paper contextualizes several facts regarding the Covid-19 pandemic in Brazil and, most specific, Rio Grande do Sul, detailing its effects on brazillian education. This paper also lists characteristics and unique features of remote education, as well as critics to the adopted emergency model, which both highlighted and intensified the existing social inequalities between students. Through the analysis of a questionnaire on inequalities and learning in a pandemic context, a case study carried out in a school in the city of Porto Alegre (RS) is presented about the perception of its teachers on the matter. The results are related to concepts of Pierre Bourdieu's theory about the reproduction of inequalities in the school context. This paper intends to answer if schools propagate inequalities and if the pandemic context accentuated them. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Ciências Sociais: Licenciatura.
Coleções
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TCC Ciências Sociais (764)
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