Acesso e tratamento de crianças com transtorno do espectro autista na saúde pública : implicações e barreiras : uma revisão narrativa

Abstract

O presente estudo abordou o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o objetivo de examinar o acesso ao tratamento de crianças com TEA no Sistema Único de Saúde (SUS), a rede de saúde pública do Brasil. O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvi-mento que pode causar prejuízos significativos nas áreas de comunicação, interação social, comportamento e interesses restritos. O tratamento precoce exerce influência significativa no prognóstico do espectro, especialmente na aquisição e desenvolvi-mento das habilidades de linguagem, cognição e comportamento. No entanto, o SUS enfrenta desafios para fornecer tratamento adequado a essas crianças devido à com-plexidade presente no espectro. Muitas famílias recorrem à judicialização da saúde como meio de acesso ao tratamento. O estudo teve como objetivo analisar implica-ções e barreiras enfrentadas no acesso ao tratamento de crianças com transtorno do espectro autista na rede pública de saúde. Ao identificar e compreender as dificulda-des enfrentadas no acesso ao tratamento de crianças com autismo, esse trabalho busca contribuir para a efetividade das intervenções oferecidas pelos serviços de sa-úde. Para este trabalho, foi realizada uma revisão narrativa de literatura, adotando uma abordagem qualitativa para analisar a relação entre o acesso ao tratamento de crianças com TEA na saúde pública e as implicações e barreiras enfrentadas. A busca incluiu os motores de busca Scielo e Pubmed, e critérios de exclusão/inclusão foram aplicados, resultando em seis artigos selecionados. O estudo reiterou que a demora nos atendimentos, a fragmentação dos serviços de saúde e a falta de coordenação entre instâncias prejudicam o acesso e o tratamento eficaz. Além disso, a ausência de diretrizes unificadas para o cuidado das pessoas com autismo no SUS cria desafios adicionais. A conscientização precoce sobre o autismo, a capacitação dos profissio-nais de saúde e a coordenação entre diferentes setores emergiram como medidas fundamentais para superar essas barreiras e garantir a saúde integral das crianças com autismo.