AfroPython : enegrecendo a tecnologia

Abstract

Este trabalho analisa como ativistas negros profissionais em tecnologia da informação e comunicação (TIC) atuam contra o racismo em seus ambientes de trabalho, utilizando como estudo de caso o grupo AfroPython formado em Porto Alegre (RS). Para tanto, investiga através de entrevistas com integrantes do grupo e participantes de eventos promovidos pelo grupo como são formadas suas associações, a identificação de suas controvérsias e grupos rivais. Esta pesquisa também recorre à análise de discurso de material publicado de maneira online pelo grupo. Articulando em seu referencial teórico perspectivas da Teoria Ator-Rede, e das discussões sobre neutralidade tecnocientífica, racismo estrutural e racismo algorítmico.

This work analyzes how black activists who work with information and communications technology (ICT) act against racism in their work environments, using the AfroPython group formed in Porto Alegre (RS) as a study case. To do so, it investigates through interviews with members of the group and participants of events promoted by the group how their associations are formed, the identification of their controversies and rival groups. This research also uses discourse analysis of material published online by the group. Articulating in its theoretical framework perspectives of the Actor-Network Theory (ANT), and discussions on techno-scientific neutrality, structural racism and algorithmic racism.