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dc.contributor.advisorVargas, Júlio Celso Borellopt_BR
dc.contributor.authorRosa, Giovani Longopt_BR
dc.date.accessioned2023-10-12T03:32:13Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/265849pt_BR
dc.description.abstractvida nas cidades está bastante relacionada à demanda por mobilidade e aos seus efeitos nocivos sobre a saúde humana. No Brasil, este fenômeno é perceptível porque sua população é majoritariamente urbana há décadas e o planejamento urbano historicamente corroborou a construção de um tipo de deslocamento cotidiano constituído pelo uso massivo de transporte individual movido a combustível fóssil. Publicações apontam que esse padrão de mobilidade urbana gera consequências negativas à população que vão além dos congestionamentos e sinistros de trânsito, como as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), em função desse modelo de urbanização e de um estilo de vida centrado no transporte motorizado. Na Academia, a necessidade de compreender esse fenômeno complexo tem aproximado as ciências da saúde e as disciplinas urbanas. O principal conceito tratado é o de “Determinantes Sociais da Saúde”, os fatores não-clínicos estruturantes da saúde humana, como a urbanização, intrinsecamente relacionada à desigualdade socioeconômica. Para expandir esse entendimento, as pesquisas têm estudado os impactos das “exposições” relacionadas ao ambiente urbano – inalação de poluição do ar e sedentarismo, por exemplo – nas condições de saúde da população, considerando “desfechos” como óbitos, casos de doenças crônicas, perdas de qualidade de vida e custos financeiros. Para sistematizar a aplicação desses conceitos no transporte, existe a denominada Avaliação de Impacto à Saúde (AIS), uma metodologia pouco explorada no contexto brasileiro e latino-americano, apesar da crescente discussão acerca da chamada mobilidade ativa (caminhada e bicicleta). Seu uso pode aproximar o planejamento urbano da intitulada “Saúde em Todas as Políticas”, abordagem que considera a saúde como aspecto-chave nas tomadas de decisão. A partir desse panorama, a pesquisa tem como objetivo principal identificar como padrões de mobilidade urbana provocam impactos à saúde populacional em uma grande cidade do Sul Global. A hipótese principal é que o predomínio do transporte individual motorizado no cotidiano tem associação com mais óbitos. Para atingir os objetivos, foi realizado um estudo de caso único para o município de Porto Alegre, Brasil, baseado em dados secundários – população, divisão modal, tempo diário médio de viagem, distância anual total percorrida, concentração média anual de PM2.5, gasto energético semanal. Foi realizada uma Avaliação de Impacto à Saúde quantitativa que compara o padrão de mobilidade urbana vigente em 2019 a quatro possibilidades futuras, duas centradas nos transportes ativo e público e outras duas com predomínio do transporte individual motorizado na divisão modal. Foram analisadas três exposições – poluição do ar (PM2.5), atividade física e sinistros de trânsito – e dois desfechos – mortalidade por causas naturais e mortalidade por sinistros de trânsito. Os cenários centrados na motorização individual apresentaram aumento nos óbitos em até 4,7%, enquanto os que priorizaram os modos ativos (a pé e bicicleta) e o transporte público coletivo reduziram a mortalidade em até 4,1%. Isto confirma a hipótese e pode informar políticas que previnam os efeitos deletérios à saúde da mobilidade urbana.pt_BR
dc.description.abstractLife in cities is closely related to the demand for mobility and its detrimental effects on human health. In Brazil, this phenomenon is noticeable due to its predominantly urban population for decades, and urban planning historically supported the development of a daily commuting pattern characterized by the widespread use of individually fuelled fossil-fuel-powered transportation. Publications indicate that this urban mobility pattern generates negative consequences for the population beyond just traffic congestion and accidents, such as Non-Communicable Diseases (NCDs), stemming from this model of urbanization and a lifestyle centred around motorized transport. In the academic realm, the need to comprehend this complex phenomenon has brought the health sciences and urban disciplines closer together. The central concept being explored is that of "Social Determinants of Health", the non-clinical factors that shape human health, like urbanization, intrinsically tied to socioeconomic inequality. To further this understanding, research has delved into the impacts of "exposures" related to the urban environment – such as air pollution inhalation and sedentary behaviour – on population health conditions. This takes into consideration "outcomes" like deaths, instances of chronic diseases, decreases in quality of life, and financial costs. To systematize the application of these concepts to transportation, there's the so-called "Health Impact Assessment" (HIA), a methodology that has been relatively underexplored in the Brazilian and Latin American context, despite the growing discourse on active mobility (walking and cycling). Its utilization can bridge urban planning with the concept of "Health in All Policies", an approach that considers health a crucial aspect in decision-making. Given this context, the primary objective of the research is to identify how patterns of urban mobility impact the health of the population in a major city in the Global South. The main hypothesis is that the prevalence of motorized individual transport in daily life is associated with higher mortality rates. To achieve these objectives, a single case study was conducted for the city of Porto Alegre, Brazil, based on secondary data – population, modal split, average daily travel time, total annual distance travelled, annual mean pollutant concentration, weekly energy expenditure. A quantitative Health Impact Assessment was performed comparing the current pattern of urban mobility in 2019 with four potential future scenarios – two focusing on active and public transportation, and the other two emphasizing motorized individual transport in the modal split. Three exposures were analysed – air pollution (PM2.5), physical activity, and road crashes – along with two outcomes – natural-cause mortality and fatal road crashes. Scenarios centred around individual motorization showed an increase in deaths of up to 4.7%, while those prioritizing active modes (walking and cycling) and public transport reduced mortality by up to 4.1%. This confirms the hypothesis and could inform policies to mitigate the detrimental health effects of urban mobility.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectHealthy urban mobilityen
dc.subjectMobilidade urbanapt_BR
dc.subjectQuantitative modelsen
dc.subjectSaúdept_BR
dc.subjectPorto Alegre (RS)pt_BR
dc.subjectUrban healthen
dc.subjectHealth impact assessmenten
dc.subjectHealth in all policiesen
dc.titleA mobilidade urbana e seus impactos à saúde populacional no Sul Global : avaliação quantitativa em Porto Alegre, Brasilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001185799pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Arquiteturapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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