Tradução da Libras para o português brasileiro oral em videoaulas gravadas : uma análise do processo tradutório
Visualizar/abrir
Data
2023Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A partir do processo de passar videoaulas em Língua Brasileira de Sinais (Libras), produzidas por um professor surdo, para o Português Brasileiro Oral Gravado (PBOG), a fim de atender às disciplinas do Curso de Bacharelado em Letras, com ênfase em Letras-Libras, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no período de Ensino Remoto Emergencial, apresentamos o método de trabalho desenvolvido pelos Tradutores Intérpretes de Libras/Português (Tilsp). Refletimos sobre todo o processo que ...
A partir do processo de passar videoaulas em Língua Brasileira de Sinais (Libras), produzidas por um professor surdo, para o Português Brasileiro Oral Gravado (PBOG), a fim de atender às disciplinas do Curso de Bacharelado em Letras, com ênfase em Letras-Libras, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no período de Ensino Remoto Emergencial, apresentamos o método de trabalho desenvolvido pelos Tradutores Intérpretes de Libras/Português (Tilsp). Refletimos sobre todo o processo que passa pela organização da equipe de Tilsp – que vão assumindo funções diferentes –, pelo uso de programas e aplicativos, pela criação de um roteiro de apoio e pelas diversas etapas de revisão e finalização. A discussão desse método novo, até, então, para uma equipe de tradutores/intérpretes de Libras/Português experiente, é contextualizada por um panorama histórico de como os surdos foram mudando sua realidade, com muitas lutas e embates, até conquistarem direitos legais que garantiram seu acesso aos lugares outrora inatingíveis, como, por exemplo, o de professor universitário. Esses novos espaços ocupados pelos surdos também proporcionam novos lugares de atuação aos Tilsp, bem como as modalidades de mediação tradutória, até, então, pouco ou ainda não descritas. Surgem, portanto, novas questões, como: há pesquisas que abordam essa modalidade? Como conceituá-la? Encontra-se no âmbito da tradução ou da interpretação? Seria uma Tradução Audiovisual (TAV) ou Tradução Audiovisual Acessível (TAVa)? Poderia ser considerada dublagem ou voice over? O cotejo da descrição do método adotado para a produção das videoaulas, com conceitos dos Estudos da Tradução e da Interpretação, permite-nos considerar essa atividade como uma tradução pertencente aos estudos da TAV, que apresenta como produto uma tradução paralela (bilíngue), nas línguas envolvidas. ...
Abstract
We present the work method developed by the interpreters of Libras/Portuguese from the process of passing video classes in Brazilian Sign Language (Libras), produced by a deaf teacher, to recorded oral Brazilian Portuguese, to attend the disciplines of the course of Bachelor of Languages with an emphasis in Libras, of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), during the Emergency Remote Teaching (ERT). We reflect on the whole process that goes through the organization of the team of ...
We present the work method developed by the interpreters of Libras/Portuguese from the process of passing video classes in Brazilian Sign Language (Libras), produced by a deaf teacher, to recorded oral Brazilian Portuguese, to attend the disciplines of the course of Bachelor of Languages with an emphasis in Libras, of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), during the Emergency Remote Teaching (ERT). We reflect on the whole process that goes through the organization of the team of interpreters (who take on different roles), the use of programs and applications, the development of a supporting script, and the various stages of revision and finalization. The discussion of this new method, until then, for a team of experienced Libras/Portuguese translators and interpreters, is contextualized by a historical overview of how deaf people have been changing their reality, with many struggles and clashes, until they won legal rights that ensured their access to places once unattainable, such as, for example, that of the university professor. These new spaces occupied by the deaf also provide new places of action for interpreters, as well as the modalities of translatory mediation, until then, little or not yet described. Therefore, new questions arise, such as: are there studies that address this modality? How to conceptualize it? Is it within the scope of translation or interpretation? Would it be an Audiovisual Translation (AVT) or Accessible Audiovisual Translation (AAT)? Could it be considered dubbing or voice-over? The comparison of the description of the method adopted for the production of the video classes with concepts from Translation and Interpretation Studies allows us to consider this activity as a translation belonging to AVT studies, which presents as a product of a parallel translation (bilingual) in the languages involved. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
-
Linguística, Letras e Artes (2877)Letras (1771)
Este item está licenciado na Creative Commons License