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dc.contributor.advisorAlmeida, Rosa Maria Martins dept_BR
dc.contributor.authorAndrade, Filipe Reis Teodoropt_BR
dc.date.accessioned2023-07-25T03:38:03Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/262608pt_BR
dc.description.abstractO consumo de álcool feito por adolescentes é um dos principais problemas de saúde pública em diversos países. O uso de álcool e outras drogas durante a adolescência pode ter um impacto profundo e duradouro na saúde futura. Os transtornos por uso de álcool são mais prevalentes no período de desenvolvimento do final da adolescência até a idade adulta (18 a 29 anos). A impulsividade é um preditor robusto do uso problemático de álcool e pode ser particularmente importante para o consumo de álcool na adolescência, dadas as alterações observadas nessa fase durante a adolescência. Apesar disso, pouco se sabe ainda sobre como a impulsividade influencia o uso de álcool. Há uma escassez de evidências sobre os efeitos causais e como tais efeitos podem ser moderados por fatores sociais e a natureza do impulso que leva a beber. As diferenças individuais na impulsividade estão por trás de boa parte de assumir riscos observada durante a adolescência, e algumas das formas mais perigosas desse comportamento estão ligadas a traços de impulsividade que são evidentes no início do desenvolvimento. Ações impulsivas podem fazer parte desse comportamento e a impulsividade, portanto, está relacionada a um déficit na inibição da resposta diante de alguma alteração no contexto que faz com que o indivíduo aja rapidamente, a uma dificuldade em inibir distratores do ambiente e focar na tarefa principal ou até em situações em que o indivíduo prioriza ganhos imediatos e não pensa cuidadosamente no que deve ser feito. O padrão de comportamentos impulsivos, o aumento na tomada de decisão de risco observados na adolescência e a imaturidade do córtex pré-frontal parecem estar relacionados ao desenvolvimento dos circuitos de recompensa nas regiões subcorticais do cérebro e a uma maior ativação do núcleo accumbens. Portanto, a responsividade aumentada a recompensas e a dificuldade em inibir comportamentos indesejados pode explicar a busca por ganhos imediatos. Nesse sentido, a vulnerabilidade do córtex pré-frontal frente a eventos adversos nesta etapa pode trazer prejuízos severos ao desenvolvimento dos jovens a curto e a longo prazo. Esta dissertação possui três estudos que foram conduzidos com a finalidade de investigar a associação entre impulsividade, o uso de álcool e outras drogas na adolescência em diferentes países. No primeiro estudo foi realizada uma revisão sistemática em cinco bases de dados, onde 1345 publicações foram triadas e 21 atenderam aos critérios de inclusão e exclusão, com 14 estudos empíricos relatados. Como resultado foi verificado que todos os estudos revisados relataram uma associação entre impulsividade, uso de álcool e outras drogas em adolescentes de diferentes países. Foi discutida a relação da impulsividade e outras variáveis, tais como: emoções, cultura e relações familiares. No segundo estudo, foi realizada uma revisão de escopo com a intenção de abordar mais o período da adolescência e a relação com bebidas energéticas e sua associação com o uso de álcool e adição. No terceiro estudo, o objetivo foi testar a hipótese que o aumento da impulsividade e sintomas emocionais ao longo da adolescência podem estar associados com a ingestão do álcool e uso de outras drogas em dois países latino-americanos (Brasil e Equador). Utilizamos, a Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11 e BIS brief) para avaliar a impulsividade e o questionário de Capacidades e dificuldades (SDQ) para as questões emocionais, assim como questionário sociodemográfico, em relação ao consumo de substâncias psicoativas, a ASI (versão 6) foi o instrumento escolhido, sendo toda a coleta de forma online em ambos os países, durante o ano de 2022. Como resultado foi verificado que em ambos os países apresentaram níveis mais baixos de consumo de álcool em relação a estudos passados e quase zero para outras drogas, mas que houve níveis altos de impulsividade. Não houve diferença entre meninos e meninas em níveis de impulsividade, mas em relação aos sintomas emocionais do SDQ quando comparados por sexo, as meninas apresentaram níveis mais elevados. Entre os dois países as questões emocionais, como relacionamento com colegas, e comportamento pró social não dependem dos níveis de impulsividade. Assim, quando relacionado o uso de álcool entre adolescentes a idade de início do consumo foi diferente e os adolescentes brasileiros foram mais impulsivos que os equatorianos, mas mesmo, indicando uma queda do consumo recorrente do álcool e outras drogas podem ter questões que provocaram uma queda na ocorrência desse comportamento entre os adolescentes, o que pode significar uma tendência de substituição de um comportamento considerado comum na fase da adolescência por outro fator aditivo que acabam estabelecendo o mesmo estímulo comportamental, que poderia ser o uso excessivo das redes sociais, por exemplo.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAbuso de drogaspt_BR
dc.subjectAdolescentept_BR
dc.subjectConsumo de bebidas alcoolicaspt_BR
dc.subjectImpulsividadept_BR
dc.subjectEmoçõespt_BR
dc.subjectBrasilpt_BR
dc.subjectEquadorpt_BR
dc.titleImpulsividade, uso de álcool e outras drogas em adolescentes brasileiros e equatorianospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001174147pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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