Língua(gem), sociedade e cultura : um estudo enunciativo antropológico sobre a pessoa falante e a linguagem neutra
Fecha
2023Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
A presente dissertação aborda a temática da linguagem neutra a partir das seguintes perspectivas teóricas: Enunciação de Émile Benveniste; Teoria de Gênero de Judith Butler; e Antropologia da Enunciação de Valdir Flores. O objetivo deste trabalho é mostrar que através de sua experiência de falante na língua é possível suscitar uma referência que pode ser criada, via enunciação, na performatividade de gênero dos sujeitos. O texto inicialmente, apresenta considerações sobre questões importantes p ...
A presente dissertação aborda a temática da linguagem neutra a partir das seguintes perspectivas teóricas: Enunciação de Émile Benveniste; Teoria de Gênero de Judith Butler; e Antropologia da Enunciação de Valdir Flores. O objetivo deste trabalho é mostrar que através de sua experiência de falante na língua é possível suscitar uma referência que pode ser criada, via enunciação, na performatividade de gênero dos sujeitos. O texto inicialmente, apresenta considerações sobre questões importantes para se entender melhor a questão da linguagem neutra, como por exemplo: diferenças entre sexo; gênero; identidade de gênero; e orientação sexual. A partir disso, passamos para uma apresentação do que é o fenômeno da linguagem neutra e seus possíveis desdobramentos, bem como a forma como esse fenômeno acontece em outros lugares do globo. Em seguida, discutimos algumas questões importantes sobre a Teoria e Antropologia da Enunciação para então elaboramos uma forma de ver a performatividade de gênero, de Butler, a partir da Enunciação. Finalmente, com base nesse construto teórico, adentramos ao corpus do trabalho, composto por diferentes tipos e gêneros textuais visando aferir, através de análises qualitativas, como via enunciação é possível encontrar referenciais identitários. Sobre as análises podemos ressaltar que, essas apontam para uma necessidade por parte das pessoas falantes em se fazerem visíveis na língua pela linguagem, pois acreditamos que a palavra tem poder e pode abrir lugar para as pessoas, como uma forma de reconhecimento linguístico, que por meio de mudanças na norma padrão, pode provocar um sentimento de pertencimento em sua própria língua. ...
Abstract
This work approaches the issue of neutral language from the following theoretical perspectives: Enunciation by Émile Benveniste, Gender Theory by Judith Butler and Anthropology of Enunciation by Valdir Flores. The objective of this work is to show that through their experience as a speaker in the language it is possible to raise a reference that can be created, via enunciation, in the gender performativity of the subjects. The text initially presents considerations on important issues to better ...
This work approaches the issue of neutral language from the following theoretical perspectives: Enunciation by Émile Benveniste, Gender Theory by Judith Butler and Anthropology of Enunciation by Valdir Flores. The objective of this work is to show that through their experience as a speaker in the language it is possible to raise a reference that can be created, via enunciation, in the gender performativity of the subjects. The text initially presents considerations on important issues to better understand the issue of neutral language, such as: differences between sex, gender, gender identity and sexual orientation. From there, we move on to a presentation of what the phenomenon of neutral language is and its possible consequences, as well as how this phenomenon happens in other parts of the globe. Then, we discuss some important questions about the Theory and Anthropology of Enunciation, and then we elaborate a way of seeing Butler's gender performativity from Enunciation. Finally, based on this theoretical construct, we enter the corpus of the work, composed of different types and textual genres, aiming to assess, through qualitative analysis, how via enunciation it is possible to find identity references. Regarding the analyzes, we can emphasize that these point to a need on the part of speakers to make themselves visible in the language through language, as we believe that the word has power and can open a place for people, as a form of linguistic recognition, which through of changes in the standard norm, can provoke a sense of belonging in your own language. ...
Résumé
Cette travail aborde la question du langage neutre à partir des perspectives théoriques suivantes : l'énonciation d'Émile Benveniste, la théorie du genre de Judith Butler et l'anthropologie de l'énonciation de Valdir Flores. L'objectif de ce travail est de montrer qu'à travers leur expérience de locuteur de la langue, il est possible d'élever une référence qui peut être créée, via l'énonciation, dans la performativité de genre des sujets. Le texte présente d'abord des considérations sur des que ...
Cette travail aborde la question du langage neutre à partir des perspectives théoriques suivantes : l'énonciation d'Émile Benveniste, la théorie du genre de Judith Butler et l'anthropologie de l'énonciation de Valdir Flores. L'objectif de ce travail est de montrer qu'à travers leur expérience de locuteur de la langue, il est possible d'élever une référence qui peut être créée, via l'énonciation, dans la performativité de genre des sujets. Le texte présente d'abord des considérations sur des questions importantes pour mieux comprendre la question du langage neutre, telles que : les différences entre le sexe, le genre, l'identité de genre et l'orientation sexuelle. De là, nous passons à une présentation de ce qu'est le phénomène du langage neutre et de ses conséquences possibles, ainsi que de la façon dont ce phénomène se produit dans d'autres parties du globe. Ensuite, nous discutons de questions importantes sur la théorie et l'anthropologie de l'énonciation, puis nous élaborons une manière de voir la performativité du genre de Butler à partir de l'énonciation. Enfin, sur la base de cette construction théorique, nous entrons dans le corpus de l'œuvre, composé de différents types et genres textuels, visant à évaluer, par une analyse qualitative, comment, via l'énonciation, il est possible de trouver des références identitaires. En ce qui concerne les analyses, nous pouvons souligner qu'elles pointent vers un besoin de la part des locuteurs de se rendre visibles dans la langue à travers la langue, car nous pensons que la parole a du pouvoir et peut ouvrir une place aux personnes, en tant que forme de reconnaissance linguistique, qui, par des changements dans la norme standard, peut provoquer un sentiment d'appartenance à votre propre langue. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Colecciones
-
Lingüística, Letras y Artes (2877)Letras (1771)
Este ítem está licenciado en la Creative Commons License