Effects of different pelvic floor muscles’maneuvers on the levator hiatus anteroposterior diameter in nulliparous and continent women: a systematic review with meta-analysis

Abstract

Introdução: A avaliação ultrassonográfica em repouso e dinâmica do diâmetro anteroposterior (DAP) do hiato do elevador pode medir a capacidade de suporte e a de contratilidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Manobras dinâmicas como as de contração isolada dos MAP, a co-contração entre os MAP e os músculos abdominais (ABD) e a manobra de aspiração diafragmática têm sido utilizadas na prática clínica para reabilitação e treinamento dos MAP em diferentes populações. No entanto, poucos estudos avaliaram o DAP durante essas condições em mulheres nulíparas e continentes e, aparentemente, nenhuma revisão sistemática verificou possíveis alterações no DAP durante essas manobras nessa população. Objetivo: Verificar as evidências da função dos MAP através da variação no DAP, a partir do repouso para a contração máxima, durante três manobras dos MAP clinicamente utilizadas [contração isolada dos MAP, a co-contração entre os MAP e os ABD, e a aspiração diafragmática] em mulheres nulíparas e continentes. Métodos: Foram utilizadas como fontes de pesquisa as bases de dados PubMed, Embase, Cochrane, Scopus e BVS. Foram empregados descritores controlados e não controlados para as palavras chave referentes a população e intervenção.Já para a avaliação e o desfecho,foram utilizados os termos mais comumente descritos na literatura. Não houve restrição de idioma e ano na estratégia de busca. Foram incluídos estudos observacionais avaliando o DAP com ultrassom (US) nas três manobras em mulheres nulíparas e continentes. Os dados do DAP em repouso e durante as manobras foram analisados qualitativa e quantitativamente por meio da variação percentual do DAP, variação relativa entre as condições, tamanho do efeito e meta-análise. A avaliação do risco de viés foi realizada com base nas recomendações da AHRQ (The Agency for Healthcare Research and Quality) e o nível de força da evidência foi avaliado usando o GRADE. O protocolo foi registrado no PROSPERO (CRD42021231776). Resultados: Quatro estudos que avaliaram o DAP em repouso e na contração isolada dos MAP foram selecionados e classificados com qualidade metodológica baixa a moderada. Não encontramos estudos avaliando o DAP nas manobras abdominopélvicas. Três estudos entraram na meta-análise e revelaram uma diminuição do DAP do repouso para a contração dos MAP, com tamanhos de efeito grandes a muito grandes, sugerindo que os MAP de mulheres saudáveis exibem uma alta 10 capacidade de encurtamento do repouso a contração máxima, que implica na redução significativa do DAP. Conclusão: A avaliação do DAP em repouso e a variação do DAP do repouso a contração máxima é uma opção objetiva para avaliar a capacidade de suporte e a função de contração dos MAP em mulheres saudáveis.

Introduction: Dynamic and resting ultrasound (US) assessment of the levator hiatus anteroposterior diameter (APD) can measure of support capacity and contractility from the pelvic floor muscles’ (PFM). Dynamic maneuvers such as those of PFM isolated contraction, the co-contraction between PFM and abdominal muscles (ABD) and the diaphragmatic aspiration maneuver have been used in clinical practice for PFM rehabilitation and training in different populations. However, few studies evaluated the APD during these conditions in nulliparous and continent women, and apparently, no systematic review verified possible changes in the hiatus APD during these PFM maneuvers in this population. Objectives: Verify the evidences of PFM function through the changes in the APD, from rest to maximal contraction, during three clinicallyused PFM maneuvers [PFM isolated contraction, the co-contraction between PFM and ABD, and the diaphragmatic aspiration] in nulliparous and continent women. Methods: PubMed, Embase, Cochrane, Scopus, and BVS databases were used as research sources. Controlled and uncontrolled descriptors were used for the keywords referring to population and intervention. For the evaluation and the outcome, the most known terms in the literature were used. There was no language and year restriction in the search strategy. Observational studies evaluating APD with US in the maneuvers in nulliparous and continent women were included. APD data at rest and during the maneuvers were analyzed qualitatively and quantitatively through APD percentage change, relative variation between conditions, effect size and metaanalysis. The bias’s risk assessment was carried out based on the AHRQ (The Agency for Healthcare Research and Quality) recommendations and the level of evidence strength was assessed using the GRADE approach. The protocol was registered with PROSPERO (CRD42021231776). Results: Four studies that evaluated the APD at rest and in the PFM isolated contraction were selected and classified with low to moderate methodological quality. We did not find studies evaluating the APD in abdominopelvic maneuvers. Three studies entered the meta-analysis and revealed an APD decreased from rest to PFM contraction, with large to very large effect sizes, suggesting that the PFM of healthy women display a high shortening capacity from rest to maximal contraction. Conclusion: The assessment of APD at rest and the APD variation from rest to maximal effort is an objective option for assessing the PFM support capacity and contraction function in healthy women.