FORESEE : Frailty - ORgan failure - Established clinical Status - Endpoints Estimation in hospitalized COVID patients
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Data
2023Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Especialização
Outro título
Capacidade preditiva de escores clínico e de fragilidade para mortalidade de pacientes hospitalizados por COVID
Resumo
Introdução: A COVID-19 emerge como importante pauta de saúde pública nos últimos anos, desafiando o modelo de alocação de recursos, de gestão de leitos e de propostas terapêuticas vigentes. Dessa forma, guidelines de triagem de pacientes foram criados com intuito de atenuar obstáculos inerentes à pandemia. Estes incluem critérios como o Escore SEIMC, ECOG (Eastern Clinical Oncology Group Performance Status) e CFS (Escala Clínica de Fragilidade) para predizer prognóstico de pacientes hospitaliza ...
Introdução: A COVID-19 emerge como importante pauta de saúde pública nos últimos anos, desafiando o modelo de alocação de recursos, de gestão de leitos e de propostas terapêuticas vigentes. Dessa forma, guidelines de triagem de pacientes foram criados com intuito de atenuar obstáculos inerentes à pandemia. Estes incluem critérios como o Escore SEIMC, ECOG (Eastern Clinical Oncology Group Performance Status) e CFS (Escala Clínica de Fragilidade) para predizer prognóstico de pacientes hospitalizados com COVID-19. Objetivo: Avaliar a capacidade preditiva da CFS, do Escore SEIMC e da idade para mortalidade intra-hospitalar em pacientes com COVID-19. Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva de 96 pacientes internados com COVID-19 em enfermaria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre durante o período de 22/03/2020 a 17/05/2021. Variáveis categóricas foram apresentadas em proporções, e as contínuas em média e desvio padrão. A relação da CFS, SEIMC e ECOG com a mortalidade foi analisada através de Regressão Binomial com estimador robusto tanto para análises brutas como ajustadas. O modelo 2 de análise multivariada incluiu o segundo escore em teste, ou seja, para avaliação da capacidade preditiva independente da CFS foram incluídos os resultados de SEIMC e, da mesma forma, para o SEIMC a análise foi ajustada para o CFS. Comparações de médias foram realizadas através do teste t de student. As análises foram feitas no SPSS 21.0. Resultados: Pacientes com CFS de 1 a 4 (muito ativos a vulneráveis) correspondiam a 84,9% e a mortalidade foi de 15,1%. Já no segundo grupo (CFS ≥ 5), a mortalidade foi de 70% dos 10 pacientes presentes. O risco relativo para mortalidade entre os pacientes CFS ≥ 5 foi de 2,82 (IC 95% 1,093 - 7,32; p < 0,01). Após análise ajustada para a idade, o CFS permaneceu associado à maior mortalidade de forma independente, sendo o risco de 1,63 vezes maior entre os frágeis em relação aos não frágeis. Na análise de impacto do ECOG, não houve aumento de risco de óbito, tampouco apresentou significância estatística. Já o SEIMC > 5 representa fator de risco para óbito intra-hospitalar, assim como CFS ≥ 5 ajustado para o SEIMC. Ademais, ressalta-se que aqueles pacientes com CFS ≥ 5, em 80% dos casos, o PACTo (Plano Antecipado de Cuidado e Tratamento) correspondia à ‘’Cuidado Avançado em Enfermaria’’ - sem indicação de encaminhamento para CTI. Conclusão: Corrobora-se a hipótese de que a fragilidade é um fator prognóstico estatisticamente significativo e independente da idade. A escala configura-se como ferramenta importante para prever prognóstico e desfecho de pacientes hospitalizados com COVID-19. ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Clínica Médica.
Coleções
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Ciências da Saúde (1509)
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