Série de casos de pancreatite aguda associada a PEG-asparaginase em pacientes com leucemia linfoblástica aguda
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Data
2023Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a patologia mais comum entre as neoplasias pediátricas, correspondendo a cerca de 75% nesta população. O avanço na terapêutica permitiu o aumento da sobrevida geral para 80% a 90%. A asparaginase possui grande papel nesta evolução, porém está associada a diferentes toxicidades, como: hipersensibilidade, hiperglicemia, distúrbios da coagulação, neurotoxicidade, hipertrigliceridemia, hepatotoxicidade e a pancreatite aguda. A pancreatite aguda associada a asp ...
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a patologia mais comum entre as neoplasias pediátricas, correspondendo a cerca de 75% nesta população. O avanço na terapêutica permitiu o aumento da sobrevida geral para 80% a 90%. A asparaginase possui grande papel nesta evolução, porém está associada a diferentes toxicidades, como: hipersensibilidade, hiperglicemia, distúrbios da coagulação, neurotoxicidade, hipertrigliceridemia, hepatotoxicidade e a pancreatite aguda. A pancreatite aguda associada a asparaginase ocorre em cerca de 2 a 18% dos pacientes com LLA que foram submetidos a esta medicação. Destes, 5 a 10% apresentam quadro de pancreatite grave, o que contraindica a continuidade do uso deste quimioterápico em muitos casos. As manifestações clínicas são variáveis desde um quadro de dor até sintomas semelhantes à sepse. Estes quadros podem cursar com complicações como pseudocisto, necrose e até coleções. O tratamento possui objetivo de dar suporte, consistindo em jejum e analgesia até melhora do quadro. No presente estudo, descrevemos uma série de quatro casos: dois pacientes com quadros leves e dois com quadro grave de pancreatite aguda após o uso da PEG-asparaginase (AAP). Todos os casos aconteceram até 23 dias após o uso da medicação. O primeiro caso, apesar de assintomático, apresentou em exames de rotina alterações nos valores de amilase e lipase e imagem compatíveis com o diagnóstico. Um dos casos iniciou com dor abdominal tendo quadro leve e necessitando apenas de jejum e analgesia, não apresentando complicações posteriormente. Dois casos tiveram clínica semelhante à sepse com necessidade de droga vasoativa. Um deles evoluindo com pseudocisto e o outro com necrose pancreática. A contraindicação ao uso da PEG-ASP foi feita a ambos. Apesar de apresentarmos um número pequeno de casos descritos de pancreatite, eles são compatíveis aos encontrados em revisão bibliográfica. A AAP é rara e pode levar a quadros graves com complicações e até a óbito. É de extrema importância que o clínico saiba reconhecer seus efeitos adversos e manejá-los de forma precoce, visto que os quadros graves podem ocasionar consequências que necessitam de tratamento intensivo, e consequentemente contraindicam o uso da PEG-ASP, essencial ao tratamento da LLA, o que nos leva ao questionamento sobre a possibilidade de continuidade desta medicação ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Oncologia Pediátrica.
Coleções
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Ciências da Saúde (1509)
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