A vibe da cascatinha : ecologia sonora, psicodelia e outras loucuras no Festival de Música Pira Rural
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2022Author
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Academic level
Master
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Abstract in Portuguese (Brasil)
Este trabalho é uma etnografia musical do Festival de Música Pira Rural, com escuta atenta às relações entre ecologia sonora, sustentabilidade, psicodelia, contracultura, comunidade, (trans)localidade e ruralidade. O Pira Rural é realizado desde 2010 no final de semana de páscoa na mesma propriedade rural no município de Ibarama, região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. A cada edição, centenas de pessoas acampam no local, o vivenciam-no intensamente, juntamente à convivência, consumo de alimen ...
Este trabalho é uma etnografia musical do Festival de Música Pira Rural, com escuta atenta às relações entre ecologia sonora, sustentabilidade, psicodelia, contracultura, comunidade, (trans)localidade e ruralidade. O Pira Rural é realizado desde 2010 no final de semana de páscoa na mesma propriedade rural no município de Ibarama, região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. A cada edição, centenas de pessoas acampam no local, o vivenciam-no intensamente, juntamente à convivência, consumo de alimentos e bebidas de cultivo e produção caseira e ecológica no próprio espaço e propriedades familiares nos arredores, e principalmente shows autorais de musicistas independentes autorais sem espaço na mídia hegemônica. O público e os musicistas atuantes no festival são em grande maioria provenientes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, e gradualmente deixaram de ser quase só do rock psicodélico – apesar deste permanecer presente – para manifestarem estéticas musicais cada vez mais hibridizadas e diversas. Essas músicas têm em comum a ligação com valores comunitários, libertários, inclusivos e/ou ecológicos caros à contracultura – tradição em que esse tipo de festival parece se inserir. A partir da proposta de ecologia sonora de Jeff Titon e discussões sobre acustemologia, ecomusicologia, literatura sobre festival, comunidade efêmera, contracultura e psicodelia, além de escutas e observações etnográficas feitas virtual e presencialmente, em especial extensas entrevistas com participantes do evento, analiso como o Pira Rural produz sentimentos comunitários e estimula musicistas independentes do estado e além, entrelaçadamente a uma maior conscientização ambiental e divulgação de práticas ecologicamente sustentáveis entre seu público. ...
Abstract
The present work is a musical ethnography of Pira Rural Music Festival, with special attention paid to the relationships between sound ecology, sustainability, psychedelia, counterculture, community, (trans)locality, and rurality. Pira Rural is held since 2010 at easter weekends at the same rural property in Ibarama, Centro-Serra region (central highlands) of Rio Grande do Sul state, in southern Brazil. Yearly, hundreds of people go camping at that locality, where they experience it intensely, ...
The present work is a musical ethnography of Pira Rural Music Festival, with special attention paid to the relationships between sound ecology, sustainability, psychedelia, counterculture, community, (trans)locality, and rurality. Pira Rural is held since 2010 at easter weekends at the same rural property in Ibarama, Centro-Serra region (central highlands) of Rio Grande do Sul state, in southern Brazil. Yearly, hundreds of people go camping at that locality, where they experience it intensely, as well as the community, ecological and homemade foods and drinks produced there or in nearby small properties. Mainly, they experience live concerts by independent musicians performing self-penned music, who are marginalized from mainstream media. The crowd and the musicians come mostly from different regions of Rio Grande do Sul state. Such musicians performing at the festival are no longer almost exclusively identified with psychedelic rock music. While this expressive genre remains present, a growing number of musicians in more recent years perform other varied and often hybrid musical genres. Such diverse kinds of music all share links with communitarian, libertarian, inclusive and/or ecological values, held dear by the counterculture – the tradition to which the festival seems to belong. With tools borrowed from Jeff Titon’s idea of sound ecology, as well as acoustemology, ecomusicology, literature on the festival, ephemeral community, counterculture, and psychedelia, as well as ethnographical hearings and observations, both virtual and in person, mostly in the form of extensive interviews with festival goers, I analyze how Pira Rural produces communitarian sensibilities and pushes forward independent musicians in the state and beyond, interwoven with a deeper environmental conscience and propagation of ecologically sustainable practices among its attendees. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Artes. Programa de Pós-Graduação em Música.
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