Contar e ser contado : apontamentos a partir do trabalho no com fio no conto

Abstract

O artigo parte da experiência em uma oficina de contação de histórias dirigida a crianças que apresentam impasses em sua constituição subjetiva e com entraves orgânicos. A partir disso, teve-se como objetivo refletir sobre os movimentos em oficina, mais especificamente o jogo de posições que se ensaia entre crianças e contadoras, e aproximá-los ao brincar na infância e aos jogos constitutivos do sujeito. Sugere-se que essa intervenção aciona trânsitos no processo constitutivo, a partir do contato com a trama das histórias e da sustentação em cena das contadoras que acolhem os elementos trazidos pelas crianças. Por fim, reconhece-se a importância, neste trabalho, de legitimar e acolher as diversas formas de comunicação, conferindo às crianças o lugar de sujeitos desejantes, ativas nas histórias e em seu processo de subjetivação.

El artículo surge de la experiencia en un taller de cuentacuentos para niños que presentan dificultades en su proceso de subjetivación y obstáculos orgánicos. Así, se tuvo como objetivo reflexionar sobre los movimientos, especialmente el juego de posiciones que se ensaya entre niños y talleristas y aproximar a los niños al jugar infantil y a los juegos constitutivos del sujeto. Sugerimos que esta intervención acciona tránsitos en el proceso constitutivo a partir del contacto con el entramado de la historia y del sostenimiento de las talleristas que acogen los elementos que traen los niños. Por fin, reconocemos en esta experiencia la importancia de legitimar y acoger las diversas formas de comunicación, dando a los niños el lugar de sujetos deseantes, activos en las historias y en su proceso de subjetivación.

This article emerges from the experience in a storytelling workshop directed at children that have subjectivity impasses and organic obstacles. Thus, it had the goal to reflect about the workshop movements, especially the position game between the children and the storytellers, these movements intent to approximate childhood playing to the subject constitucion game. It suggests that this intervention engages the track of the constitution of the subject in those childhoods, by gathering the contact with the storyline and the work of hold in the scene done by the storytellers who host the elements bringed by the children. In conclusion, this work recognises the importance of legitimizing and embracing different forms of communication, in order to give the children an active role in the storys and in their own subjectivity process.

L’article part de l’expérience dans un atelier de raconte des histoires dirigé aux enfants qui portent des impasses dans sa constitution subjective et des troubles organiques. L’objectif c’est de réflechir à propos des mouvements aux espaces d’ateliers, spécifiquement l’enjeu des positions entre les enfants et les conteuses en l’approchant au jouer de l’enfance et aux jeux constitutifs du sujet. Nous suggérons que cette intervention déclanche des transits au processus constitutif des enfants à partir du contact entre la tessiture des histoires et la soutenance, en scène, des éléments apportés par les enfants et accueillis par des conteuses. Finalement, nous reconnaissons l’importance de légitimer et accueillir les plusieurs formes de communication, tout en conférant aux enfants la place d’un sujet désirant, actifs dans les histoires et dans son processus de subjectivation.