Análise e tendências do mercado brasileiro de seguro de automóveis de 2014 a 2021

Abstract

O presente trabalho objetiva uma análise do mercado brasileiro do seguro de automóveis nos anos de 2014 até 2021, avaliando os dados das principais variáveis históricas fornecidas publicamente pelo órgão fiscalizador do mercado de seguros, a Superintendência de Seguros Privados. Séries temporais mensais de prêmio emitido, prêmio ganho, despesa comercial, despesas e receitas com resseguro, sinistralidade, comissionamento e margem de resultado operacional foram analisadas graficamente e analisadas através de estatística descritiva e regressão linear durante o período observado. Buscou-se demonstrar a gestores e executivos das companhias de seguros e ao público interessado no assunto quais os índices médios dos quatro principais ramos de seguros de automóvel, quais foram as tendências no período e como se comportaram no comparativo anual, de forma a orientar a tomada de decisão quanto a seus próprios índices ou início de possíveis operações no grupo do seguro automóvel. Estudamos o comportamento do consumidor quanto à tomada de decisão em condições de incerteza, assimetria de informação, e uma visão geral do mercado de seguros e os componentes que o formam. Ainda utilizamos da base de dados AUTOSEG para a definição da taxa de risco e a avaliação da exposição e variação de prêmio entre perfis de gênero, idade do condutor, ano do modelo e região de tarifação, analisados individualmente e na combinação com as suas categorias tarifárias. Os dados apresentaram tendência de decrescimento no período analisado para as informações sobre prêmio emitido, prêmio ganho, sinistro ocorrido, sinistralidade, sinistralidade com resseguro e despesa comercial, observados nos gráficos e no modelo de regressão linear simples. Os dados de comissionamento e margem de resultado apresentaram tendência de crescimento durante o período analisado. O comparativo anual demonstra uma redução anual do prêmio ganho ajustado à inflação, registrando seu maior valor em 2014 e uma redução do sinistro ocorrido, com ênfase ao ano de 2020, quando apresentou uma grande queda no seu valor total. Em consequência a sinistralidade apresentou seu menor percentual no ano de 2020 e uma recuperação no ano de 2021 passando de 55% para 63%.

The present work aims at an analysis of the Brazilian car insurance market in the years 2014 to 2021, thus evaluating the data of the main historical variables provided publicly by the supervisory body of the insurance market, the SUSEP. Monthly time series of written premium, earned premium, commercial expenses, expenses and revenues with reinsurance, claims, commissions and operating income margin were graphically analyzed and analyzed using descriptive statistics and linear regression during the observed period, in order to demonstrate to managers and executives of insurance companies and the public interested in the subject what are the average rates of the four main auto insurance lines, Hull, RCF-V, APP and Assistance, as was the trend in the period and how they behave in the annual comparison, helping in the decision-making regarding their own indices or the start of possible operations in the motor insurance group. We studied consumer behavior in terms of decision making under conditions of uncertainty, information asymmetry, and a general support of the insurance market and the components that form it. Even so, we use the AUTOSEG database to define the risk rate and evaluate the exposure and variation of the premium between gender profiles, driver age, model year and charging region, analyzed individually and in combination with their categories. The data showed a downward trend in the analyzed period for the data of written premium, premium earned, loss incurred, loss ratio, loss ratio with reinsurance and commercial expenses, observed in the graphs and in the regression. The commission and profit margin data showed a growth trend during the analyzed period. The annual comparison shows an annual reduction in the earned premium adjusted for inflation, reaching its highest value in 2014 and a reduction in the claim that occurred, with emphasis on the year 2020, where it presented a large drop in its total value. As a result, the loss ratio had its lowest percentage in 2020 and a recovery in 2021, going from 55% to 63%.