Relação entre estilos parentais, composição corporal e tempo de tela em crianças nascidas prematuras em acompanhamento ambulatorial

Abstract

INTRODUÇÃO: Crianças prematuras são conhecidas pelo maior risco de dificuldades alimentares e no desenvolvimento, mas ainda não há consenso se tais desfechos persistem após a primeira infância. Junto a isso, os estilos parentais se apresentam como um conjunto de atitudes presentes na relação pai-filho, determinando o clima emocional da criança, e que também apresentam efeitos indiretos no progresso infantil. OBJETIVO: Associar os estilos parentais às características de composição corporal e ao tempo de exposição às telas das crianças nascidas prematuras. MÉTODOS: Estudo observacional que incluiu crianças entre 3 e 6 anos, que nasceram e seguem em acompanhamento ambulatorial. A composição corporal foi realizada por bioimpedância, os estilos parentais, obtidos pelo Questionário de Estilos Educativos Parentais na Alimentação e o tempo de tela pelo Questionário sobre Atividade Física da Criança. Os dados foram apresentados por média (±DP) ou mediana (IQ). Para variáveis assimétricas, aplicou-se o teste Mann-Whitney, para paramétricas, o teste t de Student. Para as associações foram realizados o qui-quadrado de Pearson para categóricas e Monte Carlo para tempo de tela e estilos parentais. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do HCPA (CAAE 27358019.1.0000.5327). RESULTADOS: Participaram do estudo 50 pares responsável-criança, sendo 56% (28) das crianças do sexo masculino. Os responsáveis foram agrupados, sendo 8% negligentes, 10% autoritários, 32% autoritativos e 50% indulgentes. O tempo de exposição às telas durante a semana foi 4% zero exposição, 24% <2 horas/dia e 72% >2h/dia. Aos finais de semana foi de 8% zero exposição, 20% < 2 horas/dia e 72% >2h/dia. Não houve diferença nas associações entre estilos parentais, composição corporal e tempo de tela. CONCLUSÃO: Os dados mostram ausência de associação entre as variáveis testadas, destacando-se o número elevado de crianças com estilo parental responsivo.

INTRODUCTION: Premature infants are known to be at risk of feeding and developmental difficulties not yet larger children if projected, but persist after childhood. In addition, parenting styles are presented as a set of attitudes in the parent-child relationship, determining the child's emotional climate, and which also have indirect effects on progress. OBJECTIVE: To associate parenting styles with the characteristics of body composition and the time of exposure to screens of children born prematurely. METHODS: An observational study that included children between 3 and 6 years of age, who were born and followed up in an outpatient clinic. Body composition was performed by bioimpedance, parenting styles, obtained by the Questionnaire of Parental Educational Styles in Food and screen time by the Questionnaire on Children's Physical Activity. Data were presented as mean (±SD) or median (IQ). For asymmetric variables, the Mann-Whitney test was applied, parametric, Student's t test. For associations, Pearson's chi-square was performed for categorical and Monte Carlo's for screen time and parenting styles. The study was approved by the HCPA ethics committee (CAAE 27358019.1.0000.5327). RESULTS: Fifty parent-child pairs participated in the study, 56%(28) of which were male. Those responsible were grouped, being 8% negligent, 10% authoritarian, 32% authoritative, and 50% indulgent. Screen exposure time during the week was 4% zero exposure, 24% <2 hours/day and 72% >2 hours/day. On weekends it was 8% zero exposure, 20% < 2 hours/day and 72% >2 hours/day. There was no difference in associations between parenting styles, body composition and screen time. CONCLUSION: The data show the absence of association between the affected people, highlighting the high number of children with responsive rearing.