Ser mulher preta é "segurar no osso do peito" : as dimensões de sua solidão e Dororidade

Abstract

Este trabalho versa sobre os temas da solidão da mulher preta e Dororidade. Para auxiliar nesta discussão, o trabalho baseia-se em obras de duas autoras principais sobre estes temas; bem como em reflexões de cinco mulheres pretas, que foram entrevistadas nos primeiros meses de 2022. Através desse material, foi possível perceber como as mulheres nomeiam sua solidão e como esta se manifesta nos espaços em que vivem. A partir dos dados e observações é possível compreender que a ideia da solidão da mulher preta encontra-se intimamente ligada à Dororidade; isto é, também marcada pelos mecanismos de racismo e sexismo que seus corpos estão submetidos.

This work talks about the subjects of black woman’s solitude and Dororidade. To assist in this discussion, this essay is based on works by two main authors on these themes; as well as thoughts of five black women, who were interviewed in the first months of 2022. Throughout the development of this work, it’s possible to visualize how these women name their feelings of solitude and how it manifests itself in the spaces they live. The data and observations made it possible to comprehend that the idea of black woman’s solitude is intimately related to the idea of Dororidade; that is, it’s also imprinted with the mechanisms of racism and sexism that their bodies are subjected to.