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dc.contributor.advisorArturi, Carlos Schmidtpt_BR
dc.contributor.authorGomes, Geórgia Bernardina de Menezespt_BR
dc.date.accessioned2022-05-10T04:50:43Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/238341pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação analisou os principais fatores que influenciaram o significativo incremento da participação política dos militares brasileiros entre os anos de 2013 e 2018. Considerando tanto variáveis estruturais como conjunturais, quatro fatores se destacaram para a explicação do fenômeno: a aproximação histórica entre Forças Armadas e política no país; o desempenho de missões não convencionais pelas Forças Armadas, que englobam operações de Garantia da Lei e da Ordem, atribuições subsidiárias e operações de paz das Nações Unidas; a evolução da justiça de transição brasileira, plasmada na instituição e nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (2012-2014); e a crise política e econômica entre 2013 e 2018. A investigação das variáveis independentes foi realizada mediante revisão da literatura pertinente, e consulta a materiais de imprensa, documentos oficiais e manifestações públicas de oficiais da ativa e da reserva no período estudado. A crise, iniciada a partir dos grandes protestos de 2013, foi marcada por um progressivo acirramento da participação política militar, que se exacerbaria no ano de 2018, com a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, a nomeação de um militar como ministro da Defesa e, especialmente, a atuação aberta de membros da ativa e da reserva das Forças Armadas nas eleições daquele ano. A pesquisa evidenciou que o tradicional papel atribuído às Forças Armadas na política interna propiciou não só a manutenção e o reforço de suas prerrogativas, mesmo após a democratização do país, como também fomentou a crença de seus integrantes na importância da intervenção militar em situações de crise política. O engajamento em missões não convencionais, por seu turno, favoreceu a persistência de concepções militares salvacionistas, em vista das dificuldades dos sucessivos governos em prover bem-estar à sua população e de seu contínuo recurso às capacidades castrenses. Adicionalmente, a Comissão Nacional da Verdade suscitou o aguçamento de posturas defensivas de boa parte dos oficiais militares, que não admitiam a possibilidade de julgamento de violações de direitos humanos perpetradas (1964-1985). A crise política e econômica, por fim, foi uma conjuntura propícia para que os militares, já insatisfeitos com o poder civil, modificassem seu envolvimento na política, em meio a uma marcada fragilização dos líderes políticos tradicionais, notadamente após o processo de impedimento de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer à presidência em 2016. Os militares, doravante, almejavam novamente desempenhar um papel central na política brasileira, sem restringir-se aos campos da Defesa e da segurançapt_BR
dc.description.abstractThis master’s thesis analyzed the main factors that influenced the substantial increase in the political participation of the Brazilian military from 2013 to 2018. By considering structural variables as well as conjunctural ones, four main factors were distinguished in order to explain the phenomenon: the historical proximity between the military and politics in the country; the performance of non-traditional missions by the Armed Forces, which encompass Guarantee of Law and Order operations, subsidiary attributions and United Nations peace operations; the evolution of Brazil’s transitional justice, marked by the creation and work of the National Truth Commission (2012-2014); and the political and economic crisis from 2013 to 2018. The research of the independent variables occurred via the review of pertinent literature, and also through the consultation of media materials, official documents and public manifestations of active-duty and retired officers during the studied period. The crisis, which began with large protests in 2013, was marked by a progressive rise in the political participation of the military, which would reach its peak in 2018, with the Federal Intervention in Rio de Janeiro, the appointment of a military officer as Minister of Defense and, especially, the open participation of active-duty and retired members of the Armed Forces in the election of this year. The research demonstrated that the Armed Forces’ traditional role in internal politics made it possible not only to maintain and strengthen its prerogatives even after democratization, but also conduced its officers to value the importance of military intervention during political crises. The military involvement in non-traditional missions, for its part, favored the Armed Forces’ historical salvationism, due to the difficulties of successive Brazilian governments in assuring the well-being of its population and their continuous resource to military capabilities. Additionally, the National Truth Commission, particularly in 2014, led to the exacerbation of defensive postures of a significant portion of officers, which did not admit the possibility of judgment of the human rights abuses perpetrated by members of the Armed Forces during the Military Dictatorship (1964-1985). The political and economic crisis, finally, was the suitable context that permitted that the Armed Forces, already frustrated with the civilian power, modified its involvement in politics, amidst a substantial enfeeblement of traditional political leaders, especially after Dilma Rousseff’s impeachment and Michel Temer’s rise to the Brazilian presidency in 2016. The military, henceforth, aspired to return to play a major role in Brazilian politics, stretching beyond the Defense and security domains.en
dc.description.abstractEsta disertación de máster analizó los principales factores que influenciaron el significativo incremento de la participación política de los militares brasileños entre los años de 2013 y 2018. Considerando tanto variables estructurales como coyunturales, cuatro factores fueron destacados para explicar el fenómeno: la aproximación histórica entre Fuerzas Armadas y política en el país; el empleo de los militares en misiones no-convencionales, que engloban operaciones de Garantía de la Ley y del Orden, atribuciones subsidiarias y operaciones de paz de las Naciones Unidas; la evolución de la justicia de transición brasileña, notablemente la institución y los trabajos de la Comisión Nacional de la Verdad (2012-2014); y la crisis política y económica entre 2013 y 2018. La investigación de las variables independientes ocurrió mediante revisión de la literatura pertinente, y consulta a materiales periodísticos, documentos oficiales y manifestaciones públicas de oficiales en actividad y retirados. La crisis, iniciada a partir de las grandes protestas de 2013, fue marcada por un progresivo aumento de la participación política militar, que se exacerbaría en 2018, con la Intervención Federal en Río de Janeiro, la nominación de un militar como ministro de la Defensa y, especialmente, la actuación abierta en las elecciones de aquel año de militares en actividad y retirados de las Fuerzas Armadas. La investigación demostró que el rol tradicional de las Fuerzas Armadas en la política interna propició no solo el mantenimiento y el refuerzo de sus prerrogativas a pesar de la democratización, pero también fomentó la creencia de sus integrantes en la importancia de la intervención militar en situaciones de crisis política. El involucramiento militar en misiones no-convencionales, por su vez, favoreció la persistencia de concepciones militares salvacionistas, debido a dificultades de los sucesivos gobiernos en proveer bienestar a su población y su continuo recurso a las capacidades castrenses. Adicionalmente, la Comisión Nacional de la Verdad, particularmente en 2014, suscitó la agudización de posturas defensivas de buena parte de los oficiales militares, que no admitían la posibilidad de juzgamiento de violaciones de derechos humanos perpetradas por miembros de las Fuerzas Armadas en el régimen militar (1964-1985). La crisis política y económica, por ende, fue una coyuntura propicia para que los militares, ya insatisfechos con el poder civil, modificasen su involucramiento en la política, en medio a una marcada fragilización de los líderes políticos tradicionales, en particular después del proceso de impeachment de Dilma Rousseff y el ascenso de Michel Temer a la presidencia en 2016. Los militares, por consiguiente, buscaban tener otra vez un rol protagónico en la política brasileña, sin restringirse a los campos de la Defensa y de la seguridad.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectRelação civil-militarpt_BR
dc.subjectBrazilen
dc.subjectPolitical Scienceen
dc.subjectDemocraciapt_BR
dc.subjectForças armadaspt_BR
dc.subjectArmed Forcesen
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.subjectDemocracyen
dc.subjectCivil-Military Relationsen
dc.subjectBrasilpt_BR
dc.subjectCiência políticapt_BR
dc.subjectFuerzas Armadases
dc.subjectRelaciones Civiles-Militareses
dc.titleMilitares e política no Brasil: uma análise do incremento da participação política castrense entre 2013 e 2018pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001140554pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciência Políticapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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