Cartografando com crianças : produção em Rede entre Educação e Saúde

Abstract

Movimentos. Cartografias. Encontros. Redes Vivas. Sujeitos! Palavras-conceitos que sustentam as tessituras desta pesquisa. Como produzir caminhos para mapear, problematizar e ampliar a produção em rede entre educação e saúde? Para este estudo, a existência de outra forma, se não com a participação daqueles que a tecem, não se faz possível. A pesquisa objetivou cartografar com crianças de 8 a 12 anos de idade, a produção em rede entre educação e saúde, identificando potências e possibilidades. Como uma das intenções secundárias, buscou-se desenvolver uma estratégia para mapear as redes de, para e com crianças, favorecendo a ampliação de autonomia. O aporte teórico-conceitual tem apoio em Deleuze, Guattari, Deligny, Rolnik, Merhy, Kastrup entre outros. Ainda, se destaca, na fundamentação, os princípios e pesquisas desenvolvidas com e em articulação ao Guia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM), instrumento usado como estratégia na condução e instrumentalização das ações da pesquisa. As linhas tecidas do percurso metodológico tiveram inspiração na Cartografia, alinhavada ao pesquisar com. Perpassando por rastreios conceituais, compondo com a análise de produções da área, normativas, práticas e dispositivos, tornando-os alinhavos-sustentação. A partir da organização de curso de extensão universitária na UFRGS: “Oficinas em rede: crianças em ação”, foram realizadas oficinas com dois grupos de 12 participantes com idades entre 8 e 12 anos e suas famílias. Ocorreram seis encontros no formato online, aos sábados, pela manhã e tarde. Em composição com a GAM e os movimentos com os participantes foi (re)inventado, um instrumento: o Guia Redes. Trata-se de um guia para o cuidado compartilhado das redes de crianças, ficando acessível como estratégia/ferramenta flexível, adaptável e inventiva para seguir operando em outras experiências. Dentre os bordados-rede do cartografar, produziram-se indícios suficientes para afirmar a pertinência de oferecer e produzir territórios de encontro para tessituras com crianças. Com a finalidade de discutir, produzir, mapear e ampliar suas redes de educação e cuidado. Contribuindo e garantindo direta e indiretamente a autonomia dos sujeitos, a respeito de seus processos, percursos, potências e desafios de sustento da educação e saúde. Reconhece-se ser potente a possibilidade de levar esses desdobramentos para o ambiente escolar através de outras pesquisas, como a produção de um guia mediador do Guia Redes, tecido a partir do cartografar com as professoras.

Movements. Cartographies. Encounters. Living Networks. Subjects! Word-concepts that support the textures of this research. How to produce paths to map, problematize and expand the production in a network between education and health? For this study, the existence of another form, other than with the participation of those who weave it, is not possible. The research aimed to map, with children from 8 to 12 years old, the production in a network between education and health, identifying potentialities and possibilities. As one of the secondary intentions, we sought to develop a strategy to map the networks of, for and with children, favoring the expansion of autonomy. The theoretical-conceptual contribution is supported by Deleuze, Guattari, Deligny, Rolnik, Merhy, Kastrup, among others. In addition, the principles and research developed with and in conjunction with the Guide to the Autonomous Medication Management (GAM) stand out, an instrument used as a strategy in the conduction and instrumentalization of research actions. The woven lines of the methodological course were inspired by Cartography, which was tacked on when researching with. Thus, they passed through conceptual screenings, composing, with the analysis of productions in the area, regulations, practices and devices, making them sustenance basting. Based on the organization of a university extension course at UFRGS: “Workshops in a network: children in action”, workshops were held with two groups of 12 participants aged between 8 and 12 years, in addition to their families. There were six meetings in the online format, on Saturdays, in the morning and in the afternoon. In composition with the GAM and the movements with the participants, an instrument was (re)invented: the Redes Guide, or Network Guide. It is a guide for the shared care of children's networks, making it accessible as a flexible, adaptable and inventive strategy/tool to continue operating in other experiences. Among the network-embroideries of cartography, sufficient evidence was produced to affirm the relevance of offering and producing meeting territories for weaving with children, seeking to discuss, map and expand their education and care networks. Contributing and guaranteeing, directly and indirectly, the autonomy of the subjects, regarding their processes, paths, powers and challenges of sustenance of education and health. It is recognized that the possibility of taking these developments to the school environment through other researches is powerful, such as the production of a mediating guide of the Redes Guide, woven from the mapping with the teachers.