Fiscal policy uncertainty : theory and measurement

Abstract

This dissertation demonstrates how to measure uncertainty as a stochastic volatility (SV) process, focusing on the effects of fiscal policy uncertainty on macroeconomic aggregates. Also, the study split the standard representative agent structure into a twoagent framework, allowing the understanding of how hand-to-mouth agents are affected by these shocks and highlighting an important transmission channel through the labor market. Furthermore, this was the first study to estimate and explore the effects of tax and spending uncertainty in Brazil. SV estimation underlines the importance of proper measurement of relevant aggregate tax rates, which are still limited for Brazil. In the first chapter, we explore the literature on SV and how it can be understood as an uncertainty measurement. We develop a survey about SV models and estimation procedures using particle filters, assessing their application in the macroeconomic literature, in the hope of cooperating with future studies on the same subject, which still has much room for improvement. To demonstrate the transmission channels of fiscal policy uncertainty, we build a two-agent new Keynesian (TANK) model with SV shocks. First, we show that a TANK model highlights the importance of the labor market on the transmission of uncertainty to households, reinforcing the real consequences that uncertainty shocks have on the economy. Next, we show that these shocks can be amplified by combining a fraction of hand-to-mouth agents on the economy and their risk-aversion characteristics. By extending our analysis to a developing country and comparing results for the US and Brazil, we are able to understand what attributes of a country lead to different results, which is mainly driven by the hand-to-mouth agent’s wealth characteristics. The model also allows us to understand how government spending can be managed to ease the negative impact on households, demonstrating how a policy that generates similar outcomes on output can harm agents’ constitution level in such a way that a government that expands spending to counterbalance a fall in activity ends up harming agents a lot more than if it chose to cut down on expenses.

Esta tese se propõe a indicar como mensurar incerteza como um processo de volatilidade estocástica, focando nos efeitos de choques de incerteza fiscal nos agregados macroeconômicas. Além disso, o estudo se distancia do conceito padrão de um agente representativo para uma estrutura com dois agentes, o que permite entender como agentes hand-to-mouth são impactados por esse tipo de choque e destaca a importância do mercado de trabalho como canal de transmissão. Ainda, esse é o primeiro estudo a estimar e explorar os efeitos de incerteza quanto aos gastos do governo e taxação no Brasil. A estimação da volatilidade estocástica para esses agregados destaca a importância desses dados, que ainda são limitados no Brasil. No primeiro capítulo, a literatura sobre volatilidade estocástica é analisada, destacando como esse processo pode ser compreendido como uma métrica de incerteza. Desse modo, é desenvolvida uma survey sobre os modelos e procedimentos de estimação com filtro de partículas, assim como sua aplicação na literatura de macroeconomia, com a expectativa de cooperar com estudos futuros que busquem analisar esse tempo, o qual ainda tem muitas oportunidades de desenvolvimento. Para demonstrar os canais de transmissão dos choques de incerteza fiscal, construiu-se um modelo Novo Keynesiano de dois agentes (TANK) com choques de volatilidade estocástica. Primeiro, apontamos que um TANK permite que o mercado de trabalho se mostre como um meio relevante para que o choque atinja as famílias. Em seguida, mostramos que esses choques podem ser amplificados pala proporção de agentes com acesso a títulos nessa economia, assim como suas características de aversão a risco. Essa análise é possível a partir da extensão da análise para um país em desenvolvimento, comparando resultados para os Estados Unidos e Brasil. O modelo também permite entender o impacto da reação dos gastos do governo para diminuir o efeito do choque de incerteza nas famílias, de tal modo que um governo que busque expandir os gastos para contrabalancear a queda na atividade, acaba por prejudicar mais os agentes do que se optasse por conter gastos.