Nem precisa virar príncipe : aprendendo sobre anfíbios através de atividades que permitam o contato entre estudantes e animais
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Date
2019Advisor
Academic level
Graduation
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
Os anfíbios fazem parte de um grupo de animais severamente ameaçados, principalmente por ações antrópicas nos seus ambientes. Apesar disso, não existe o apelo popular pela sua conservação e preservação. Por falta de conhecimento e interpretações errôneas de suas histórias de vida, os anuros são intimamente associados, na cultura popular, a mitos, crenças, superstições e até mesmo bruxarias. Juntamente a isto, são vistos como seres nojentos e repulsivos, por terem a pele úmida e pegajosa, cores ...
Os anfíbios fazem parte de um grupo de animais severamente ameaçados, principalmente por ações antrópicas nos seus ambientes. Apesar disso, não existe o apelo popular pela sua conservação e preservação. Por falta de conhecimento e interpretações errôneas de suas histórias de vida, os anuros são intimamente associados, na cultura popular, a mitos, crenças, superstições e até mesmo bruxarias. Juntamente a isto, são vistos como seres nojentos e repulsivos, por terem a pele úmida e pegajosa, cores não muito chamativas e, muitas vezes, protuberâncias na pele. Assim, são considerados feios e, por isso, não dignos de viver ou serem estudados e protegidos. Considerando que o conhecimento da população em geral é fundamental para a conservação destes animais, nosso objetivo foi avaliar o impacto de atividades de sensibilização utilizando animais vivos no conhecimento de alunos do Ensino Fundamental sobre anfíbios. Para isso, executamos uma atividade prática, permitindo o contato direto entre estudantes e animais, e uma teórica, expondo as características e explicando a biologia do grupo. Para avaliar mudanças no conhecimento, realizamos quatro questionários em diferentes fases do estudo: um inicial, um segundo após a atividade prática, um terceiro imediatamente após a atividade teórica e um final cinco semanas após a atividade teórica. Todos os questionários foram respondidos pelos mesmos 16 alunos de uma turma do sétimo ano do Ensino Fundamental de uma escola em Porto Alegre. Durante a atividade prática, os estudantes tiveram a possibilidade de interagir com um sapo-cururu (Rhinella icterica), duas rãs-manteiga (Leptodactylus latrans), duas pererecas-do-banhado (Boana pulchella) e alguns girinos de diversas espécies. Na prática, tratamos da diversidade dos anfíbios, exploramos características dos grupos, com enfoque nos anuros. Comparamos o número de acertos nas diferentes fases de aplicação do questionário através de análise de variância (ANOVA) via testes de aleatorização, o resultado indica que o número de acertos é significativamente diferente (p = 0.0016) em cada um dos momentos de aplicação. As principais diferenças se deram entre a fase inicial e a pós-teórica (p = 0.0005), e a fase inicial e a final (p = 0.0006). Analisamos as mudanças de respostas em cada uma das questões para a fim de entender quais conceitos foram internalizados pelos participantes e quais não foram atingidas pelas atividades. Podemos ver um menos aparecimento de alguns mitos nas respostas dos alunos conforme a pesquisa foi sendo desenvolvida. Atividades de educação ambiental envolvendo animais vivos parecem ser importantes para desmistificação deste grupo e podem gerar transformação das atitudes da população para com estes animais. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Licenciatura.
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