Nos queremos vivas : arte contemporânea sobre feminicídio no Brasil e no México

Abstract

Esta dissertação investiga manifestações artísticas contemporâneas acerca do feminicídio no Brasil e no México. Como estudos de caso foram escolhidas as produções de quatro artistas, duas de cada país: as mexicanas Elina Chauvet e Sonia Madrigal, e as brasileiras Beth Moysés e Panmela Castro. São produções artísticas de caráter comunitário e que, através de intervenções no espaço público, possuem teor crítico e socialmente engajado. As obras são analisadas através de um recorte artístico mais amplo da arte crítica à violência contra a mulher no continente americano e em constante diálogo com o pensamento feminista produzido em diferentes áreas do conhecimento, além de serem discutidas em relação ao entendimento do feminicídio como a expressão mais extrema de normalização da violência contra a mulher na cultura de ambos os países, considerados como locais de extrema insegurança para a população feminina. Aspectos de produção de memória coletiva acerca do feminicídio também foram priorizados.

This dissertation investigates contemporary artistic manifestations about femicide in Brazil and Mexico. As case studies the productions of four artists were chosen, two from each country: the Mexicans Elina Chauvet and Sonia Madrigal and the Brazilians Beth Moysés and Panmela Castro. These are artistic productions of a communitarian nature that, through interventions in public space, have a critical and socially engaged content. The works are analyzed through a wider artistic selection of art which is critical to violence against women in the American continent, and in constant dialogue with the feminist thought produced in different areas of knowledge, besides being discussed in relation to the understanding of feminicide as the most extreme expression of normalization of violence against women in the culture of both countries, which are considered places of extreme insecurity for the female population. Aspects of collective memory production about feminicide were also prioritized.