Análise do desempenho de sistemas de vedação vertical externo com diferentes tipos de argamassa, através de simulação higrotérmica para a cidade de Porto Alegre
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Data
2018Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A umidade está relacionada a diversas manifestações patológicas nas edificações. Conhecer o comportamento higrotérmico dos sistemas construtivos permite avaliar o seu teor e a distribuição da umidade, auxiliando projetistas e fabricantes a identificar situações críticas e possibilidades de melhoria dos sistemas construtivos e seus materiais. Um dos métodos para estudar o comportamento higrotérmico das edificações é através de simulação computacional, na qual são inseridos o modelo matemático qu ...
A umidade está relacionada a diversas manifestações patológicas nas edificações. Conhecer o comportamento higrotérmico dos sistemas construtivos permite avaliar o seu teor e a distribuição da umidade, auxiliando projetistas e fabricantes a identificar situações críticas e possibilidades de melhoria dos sistemas construtivos e seus materiais. Um dos métodos para estudar o comportamento higrotérmico das edificações é através de simulação computacional, na qual são inseridos o modelo matemático que represente a edificação e as condições de contorno à que ela esteja sujeita. Neste sentido, este trabalho busca analisar a influência do tipo de argamassa e do acabamento superficial (com ou sem pintura) no comportamento higrotérmico de Sistemas de Vedação Vertical Externa (SVVE) para a realidade de Porto Alegre/RS através de simulação computacional unidimensional no software WUFI® Pro 6.2. O SVVE com espessura total de 19 cm se consistiu em uma camada externa de argamassa, com 3 cm de espessura, bloco cerâmico com 14 cm de espessura, camada interna em argamassa com 2 cm de espessura. Foram feitas seis combinações de materiais para o SVVE, sendo três tipos de argamassa: uma convencional de cimento, cal hidratada e areia, na proporção de 1:1:6 (em volume de materiais secos); uma do tipo industrializado ensacado, múltiplo uso para assentamento e revestimento; e uma argamassa produzida em central com aditivos retardadores (estabilizada); um tipo de bloco cerâmico estrutural de dimensões 14x19x29 cm (largura, altura e comprimento) de resistência característica de 7 MPa, e dois tipos de acabamento superficial (com ou sem pintura acrílica interna e externa). O bloco cerâmico e as argamassas foram caracterizados em laboratório e ensaiados à permeabilidade ao vapor, e se obtiveram também as isotermas das argamassas; os demais parâmetros foram retirados de bibliografia e de relatórios de fabricantes. Cada um dos seis sistemas foi simulado nas quatro orientações principais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Os resultados mostraram que o tipo de argamassa influenciou no teor de umidade da parede; nos SVVE com pintura, o sistema com argamassa estabilizada apresentou o menor teor de umidade em todas as orientações; já nos SVVE sem pintura, os resultados apresentaram pouca variação tanto na comparação entre sistemas com argamassas diferentes, quanto comparando orientações diferentes. Além disso, observou-se que os sistemas com pintura apresentaram teor de umidade sempre mais elevado do que o respectivo sistema sem pintura, mostrando que a camada de pintura dificultou mais a saída do que a entrada de umidade na parede. Também foi perceptível a influência da orientação solar no teor de umidade, sendo que os resultados em ordem decrescente de teor de umidade foram Sul, Leste, Oeste e Norte, o que pode ser explicado pelas diferenças na incidência de água da chuva e da radiação incidente total. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Curso de Engenharia Civil.
Coleções
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TCC Engenharias (5853)
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