Central American migrant caravans and the US : investigating the consequences of over looking the climate-displacement nexus

Abstract

The objective of this paper is to reflect upon the political and analytical consequences of overlooking the climate-displacement nexus over the U.S. reaction to recent Central Ameican migration, considering the literature on climate displacement and the U.S. historical relation to migration. Our analysis comprehends the beginning of the Central American migrants' caravans in 2017 until the end of 2020. The paper is built from a qualitative perspective of analysis, working with primary sources such as migration and climate data reports, presidential statements, and newspaper articles on the U.S migration policies to the Central American caravans, in which it was possible to identify political and humanitarian implications that arose through the use of anti-immigration discourses and the overlooking of a connection between climate change and forced migration. Refusing to characterize these migration flows as induced by climate change, and following categorizing them as conventional economic migration, allows the U.S. to take a more sovereigntist position to the detriment of assuming its international responsability for climate change and climate migrants.

O objetivo desse artigo é de refletir sobre as consequências analíticas e políticas de se negligenciar o nexo entre clima e deslocamento no caso da resposta estadunidense aos recentes fluxos migratórios a partir da América Central, levando em consideração a literatura sobre migração climática e sobre a relação histórica dos EUA com migração internacional. Nossa análise compreende desde o período do início das caravanas migratórias da América Central, em 2017, até o final do ano de 2020. Utiliza-se uma metodologia qualitativa, trabalhando com fontes primárias como relatórios sobre clima e migração, declarações presidenciais, e artigos de jornais sobre as políticas migratórias dos EUA para as caravanas centro-americanas, onde é possível identificar implicações políticas e humanitárias que surgem a partir do uso de discursos antimigratórios e da desconsideração da relação entre mudanças climáticas e deslocamento forçado. A descaracterização desses fluxos migratórios como relacionados a fenômenos climáticos e a sua subsequente categorização como migração econômica convencional permite que os Estados Unidos assumam uma posição mais soberanista em detrimento de assumir a sua responsabilidade internacional em relação às mudanças climáticas e migrantes climáticos.

El objetivo de este artículo es reflexionar sobre las consecuencias políticas y analíticas al ignorar el nexo entre migración-clima y la reacción de los Estados Unidos a la reciente migración centroamericana, considerando, en este sentido, la literatura sobre el desplazamiento climático y la relación histórica de los EE. UU hacia la migración. Nuestro análisis comprende el período desde el inicio de las caravanas de migrantes centroamericanos en 2017 hasta fines de 2020. El análisis es construido desde una perspectiva cualitativa. Se trabaja con fuentes primarias como informes de datos migratorios y climáticos, declaraciones presidenciales y artículos periodísticos sobre las políticas migratorias de Estados Unidos hacia las caravanas centroamericanas, en los cuales fue posible identificar las implicaciones políticas y humanitarias que surgieron a través del uso de discursos antiinmigrantes y el desdeño de la conexión entre el cambio climático y la migración forzada. La caracterización errónea de estos flujos migratorios no como una consecuencia climática pero sí como migración económica convencional permite una posición más soberana de los EE. UU, menoscabando su responsabilidad internacional por el cambio climático y los migrantes climáticos.