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dc.contributor.advisorDamo, Arlei Sanderpt_BR
dc.contributor.authorMesomo, Juliana Feronattopt_BR
dc.date.accessioned2021-09-14T04:27:49Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/229741pt_BR
dc.description.abstractEsta tese aborda processos de subjetivação desenvolvidos em meio às rotinas laborais, familiares, comunitárias e escolares de pessoas cujas vidas transcorrem no município de Alvorada, pertencente à Região Metropolitana de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul (Brasil). A partir do acompanhamento, durante seis meses, da rotina de jovens e trabalhadores no município, traço um panorama das condições materiais, políticas e subjetivas que levaram à exploração de novas possibilidades em relação a cada um dos universos com os quais meus interlocutores estavam em contato: as relações salariais, o consumo, o engajamento com projetos educativos e/ou profissionalizantes, a aposta em pequenos negócios e, por fim, a convivência com a violência associada ao tráfico de drogas que determinava algumas restrições, sobretudo, na vida dos jovens. A interação diária e a interlocução com meu principal colaborador da pesquisa, Alexandre, a observação e as entrevistas realizadas em dois espaços de formação profissional – o Centro Municipal de Educação Profissional Florestan Fernandes e o Centro da Juventude de Alvorada – e as conversas com donos de pequenos negócios formaram meu espaço de problematização durante o período em que realizei trabalho de campo na cidade. Em diálogo com Alexandre, abordo as oscilações materiais que condicionaram as experimentações subjetivas nos últimos anos, abarcando os períodos de aquecimento (entre 2004 e 2014) e desaquecimento da economia nacional (entre 2016 e 2019). Analiso também o impacto das “transformações” que o engajamento com os estudos teve na sua trajetória pessoal, “transformações” que foram o ponto de partida para a formulação de um discurso original sobre a condição proletária. Prolongando algumas expectativas de Alexandre, encontro, entre os donos de pequenos negócios, uma preocupação com o cultivo de si que se realizava, de maneira tensa, na venda de serviços e mercadorias. A partir das observações e entrevistas na escola de formação profissionalizante CMEP Florestan Fernandes, apresento a dinâmica desejante que sustentava a construção dos espaços de aprendizagem profissional. Tal dinâmica se configurava como uma oscilação entre, por um lado, um microagenciamento de desejo que acolhia e animava as expectativas de autotransformação das pessoas e, por outro, um microequipamento de poder que buscava tornar útil seu desejo do ponto de vista da mobilização econômica. No Centro da Juventude, onde os jovens eram convidados a imaginar novas possibilidades de estudo, trabalho e organização compatíveis com sua inserção laboral, instalava-se uma tensão referente ao lugar que eles mesmos deveriam ocupar no processo de decisão sobre seu presente e seu futuro. Perfazendo um movimento que parte do detalhamento reflexivo das condições de possibilidade da subjetivação rumo à exploração mais pontual da crítica imanente que ela desencadeia em determinados mundos, concluo que os processos de subjetivação não são apenas uma reação a variáveis já dadas pelos diagramas dispostos pelo poder. Eles são, antes, um esforço localizado nas bordas dos processos de sujeição que insinuam uma ruptura possível e apontam alguns princípios de crítica imanente às situações nas quais irrompem.pt_BR
dc.description.abstractThis thesis approaches subjectivation processes developed in the midst of work, family, community and school routines of people whose lives take place in the municipality of Alvorada, which belongs to the Metropolitan Region of Porto Alegre, capital of the state of Rio Grande do Sul (Brazil). From the follow, for six months, of the routine of young people and workers in the municipality, I draw an overview of the material, political and subjective conditions that led to the exploration of new possibilities in relation to the universes with which my interlocutors were in contact, that is, wage relations, consumption, engagement with educational and/or professionalizing projects, investment in small businesses and, finally, living with the violence associated with drug trafficking, which determined some restrictions, especially in the lives of young people. Daily interaction and dialogue with my main research collaborator, Alexandre, observation and interviews carried out in two professional training spaces – Florestan Fernandes Municipal Professional Education Center and Center for the Youth – and conversations with owners of small businesses formed my space of problematization during the six months that I lived and developed fieldwork in the city. In conversation with Alexandre, I address the material oscillations that have conditioned subjective experiments in recent years, covering periods of economic growth (between 2004 and 2014) and downturns in the national economy (between 2016 and 2019). I also analyze the impact of the “transformations” that the engagement with studies had on his personal trajectory, “transformations” that were the starting point for the formulation of an original discourse on the proletarian condition. Extending some of Alexandre's expectations, I find, among the owners of small businesses, a concern with self-cultivation, which took place, in a tense manner, in the sale of services and objects. Based on observations and interviews at Florestan Fernandes vocational training school, I present the desiring dynamic that supported the construction of professional learning spaces. This dynamic was configured as an oscillation between, on the one hand, a micro-agencement of desire that received and animated people's expectations of self-transformation and, on the other, a micro-equipment of power that sought to make their desire useful from the point of view of economic mobilization. At the Center for the Youth, where young people were invited to imagine new possibilities for study, work and organization compatible with their labor insertion, there was a tension regarding the place they should occupy in the decision-making process about their present and future. Making a movement that starts from the reflexive detailing of the conditions of possibility of subjectivation and arrives to a punctual exploration of the immanent criticism that it triggers in certain worlds, I conclude that the subjectivation processes are not just a reaction to variables arranged by power. Rather, they are an effort located at the edges of subjection processes that hint at a possible rupture and point to some principles of immanent criticism of the situations in which they break out.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSubjetivaçãopt_BR
dc.subjectSubjectivationen
dc.subjectMobilizaçãopt_BR
dc.subjectLabor mobilizationen
dc.subjectViolênciapt_BR
dc.subjectRuptureen
dc.subjectExperimentaçãopt_BR
dc.subjectExperimentationen
dc.subjectRuptureen
dc.subjectSalário : Brasilpt_BR
dc.subjectConsumopt_BR
dc.subjectExperimentationen
dc.subjectWage relationsen
dc.subjectJuventudept_BR
dc.subjectConsumptionen
dc.subjectEmpreendedorismopt_BR
dc.subjectAntropologiapt_BR
dc.subjectYouthen
dc.subjectAlvorada (RS)pt_BR
dc.subjectViolenceen
dc.subjectEntrepreneurshipen
dc.titleOnde repousa o repúdio : mobilização laboral e experimentação subjetiva em uma cidade da Região Metropolitana de Porto Alegrept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001131217pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2021pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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