Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorMachado, Paula Sandrinept_BR
dc.contributor.authorSchiavon, Amanda de Almeidapt_BR
dc.date.accessioned2021-05-01T05:02:37Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/220376pt_BR
dc.description.abstractO campo de estudos em intersexualidade(s), no Brasil, não tem dado muito enfoque para contribuições de outros campos que participam, tanto quanto o saber biomédico, na produção de múltiplas realidades para pessoas intersexo. Ao considerar essa questão, passo a integrar um grupo interdisciplinar que se propõe a construir uma representação jurídica com vistas de garantir direitos de pessoas intersexo, o qual se torna o campo desta pesquisa. Deparei-me, nesse caminho, com uma lacuna no direito brasileiro especialmente no que diz respeito às infâncias intersexo. Para tanto, traçamos como objetivo desta pesquisa, analisar as condições que materializam a emergência da categoria criança intersexo enquanto sujeito jurídico específico de direitos a partir do grupo interdisciplinar que está se propondo a constituir um marco normativo-jurídico no que se refere à intersexualidade e infância. Ao propor acompanhar os processos desse grupo, uma série de dilemas éticos se impõem, o que me aproxima do método cartográfico da pesquisa-intervenção que, ao pressupor a não separação sujeito/objeto, proporciona elementos para pensar a relação ali produzida por meio de análise de implicação. Com uma pesquisa que se propõe situada, o grupo acompanhado se torna um catalisador das tecnologias jurídicas que atuam no processo de coprodução de uma categoria criança intersexo no direito. Dentre elas, apontamos a escuta jurídica como um fazer estratégico que abre alas para as tecnologias do fundamento e da argumentação, que acionam direitos como autonomia, autodeterminação e não-discriminação. Esses, quando mobilizados para a infância, apresentam uma série de especificidades, nem sempre consideradas nas argumentações do direito. O que leva, a partir dos debates, a duas observações, até certo ponto, contraditórias: 1) a demarcação de sexo no registro civil como uma intervenção cirúrgica, e 2) o desconforto e esquiva do campo jurídico frente a discussões sobre a sexuação dos corpos, especialmente na infância. Os achados levam essa escrita a encerrar tecendo continuidades para com uma perspectiva crítica ao adultocentrismo que cerca nossas práticas.pt_BR
dc.description.abstractThe field of studies on intersexuality(ies), in Brazil, has not given much focus to contributions from other fields that participate, as much as biomedical knowledge, in the production of multiple realities for intersex people. By considering this issue, I became part of an interdisciplinary group that proposes to build a legal representation in order to guarantee the rights of intersex people, which becomes the field of this research. I came across, on this path, a gap in the Brazilian judiciary especially regarding intersex childhoods. To this effect, the goal of this research is to analyze the conditions that materialize the emergence of the category intersex child as a specific legal subject of rights from the interdisciplinary group that is proposing to establish a normative-legal framework regarding intersexuality and childhood. By proposing to follow the processes of this group, a series of ethical dilemmas impose themselves, which brings me closer to the cartographic method of research-intervention that, by assuming the non-separation subject/object, provides elements to think the relationship produced there by means of implication analysis. With a research that proposes to be situated, the accompanied group becomes a catalyst of legal technologies that act in the process of coproduction of an intersex child category in law. Among them, we point to legal listening as a strategic approach that opens the door to the technologies of legal basis and argumentation, which engage rights such as autonomy, self-determination, and non-discrimination. These, when mobilized for childhood, present a series of specificities, not always considered in the arguments of the law. This leads, from the debates, to two observations, which are to some extent contradictory: 1) the demarcation of sex in the civil register as a surgical intervention, and 2) the discomfort and evasiveness of the legal field when faced with discussions about the sexuation of bodies, especially during childhood. The findings lead this writing to close by weaving continuities to a critical perspective to the adultcentrism that surrounds our practices.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPessoas Intersexuaispt_BR
dc.subjectIntersexen
dc.subjectTranstornos do desenvolvimento sexualpt_BR
dc.subjectChildhoodsen
dc.subjectDireitopt_BR
dc.subjectSexed bodyen
dc.subjectLegal technologiesen
dc.subjectPsicologia socialpt_BR
dc.subjectInfânciapt_BR
dc.subjectHuman rightsen
dc.subjectDireitos da criançapt_BR
dc.subjectDireitos humanos : Brasilpt_BR
dc.titleLegislando infâncias : coprodução da criança intersexo enquanto sujeito de direitospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001124483pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples