Padrão de consumo alimentar na gravidez e aos seis meses pós-parto e associação com mudança de IMC materno no primeiro ano pós-parto em mulheres com diabetes mellitus gestacional
Fecha
2020Autor
Tutor
Co-director
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
INTRODUÇÃO: O consumo alimentar é um fator modificáve l associado ao risco de excesso de peso corporal e a o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. São escassos os estudos que avaliem o padrão de consumo alimentar e a trajetória do índice de massa corporal (IMC) materno até um ano após o parto em mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG). OBJETIVO: Descrever as mudanças no consumo alimentar da gestação ao período pós-parto e sua associação com a variação do IMC até doze ...
INTRODUÇÃO: O consumo alimentar é um fator modificáve l associado ao risco de excesso de peso corporal e a o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. São escassos os estudos que avaliem o padrão de consumo alimentar e a trajetória do índice de massa corporal (IMC) materno até um ano após o parto em mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG). OBJETIVO: Descrever as mudanças no consumo alimentar da gestação ao período pós-parto e sua associação com a variação do IMC até doze meses pós-parto em mulheres com DMG. MÉTODO: Coorte multicêntrica de mulheres com diabetes gestacional arroladas em serviços públicos de atenção ao pré-natal de alto risco de quatro cidades brasileiras entre 2014 e 2018. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos e nutricionais. O consumo foi avaliado por questionário adaptado dos instrumentos VIGITEL e SISVAN. O seguimento foi realizado por contato telefônico e as participantes foram questionadas quanto ao peso medido aos dois, seis e doze meses pós-parto. Os padrões de consumo foram obtidos por análise de componentes principais e a relação entre os padrões e a variação do IMC no pós-parto foi verificada por regressão de Poisson com variância robusta ajustada. RESULTADOS: Dentre as 979 mulheres analisadas, 38% apresentaram aumento do IMC aos seis meses pós-parto e 41,3% aos doze meses pós-parto. Entre a gestação e o pós-parto, observou-se redução no consumo de alimentos saudáveis como frutas, vegetais e laticínios integrais, para este último, o consumo frequente (5 a 7 vezes/semana) reduziu de 39,6% para 3,6%. Quanto ao consumo de alimentos marcadores de risco, na frequência de 5 a 7 vezes por semana, aumentou-se, notadamente, o consumo de refrigerantes e de sucos artificiais que passou de 30,3% na gestação para 39,9% no pós-parto. O padrão alimentar saudável aos seis meses pós-parto associou-se a menor risco de aumento do IMC aos doze meses (RR:0,71; IC95% 0,56 a 0,90; p=0,004) e o padrão alimentar de risco, aos seis meses pós-parto associou-se ao maior risco para ao aumento do IMC materno aos seis meses (RR:1,50 IC95% 1,19 a 2,13; p=0,002). CONCLUSÃO: Mulheres com DMG pioram seu padrão de consumo após o parto, com consequente aumento do IMC no primeiro ano pós-parto. Esses achados reforçam a importância do acompanhamento pós-parto de mulheres com DMG para prevenção e controle da obesidade. ...
Abstract
INTRODUCTION: Food consumption is a modifiable factor related to both prevention and risk of excessive body weight and with development of chronic non-communicable diseases. There are few studies evaluating the food patterns and the trajectory of maternal body mass index (BMI) up to one year after delivery in women with gestational diabetes mellitus (GDM). OBJECTIVE: To describe changes in food consumption from pregnancy to the postpartum period and its association with BMI variation up to twel ...
INTRODUCTION: Food consumption is a modifiable factor related to both prevention and risk of excessive body weight and with development of chronic non-communicable diseases. There are few studies evaluating the food patterns and the trajectory of maternal body mass index (BMI) up to one year after delivery in women with gestational diabetes mellitus (GDM). OBJECTIVE: To describe changes in food consumption from pregnancy to the postpartum period and its association with BMI variation up to twelve postpartum months in women with GDM. METHOD: Multicenter cohort of women with GDM enrolled in public high-risk prenatal care in four Brazilian cities between 2014 and 2018. Demographic, socioeconomic, clinical and nutritional data were collected. Food consumption was assessed using a questionnaire adapted from the VIGITEL and SISVAN instruments. Follow-up was carried out by telephone contact and the participants were asked about their weight at two, six and twelve months postpartum. Food pattern was determinate using principal component analysis and the relationship between food patterns and BMI variation in the postpartum period was verified by Poisson regression with robust variance adjusted for potential risk factors. RESULTS: Among the 979 women analyzed, 38% showed increase BMI at six months postpartum and 41.3% at twelve months postpartum. Between pregnancy and postpartum, there was a reduction in the consumption of healthy foods such as fruits, vegetables and whole dairy products, for the latter, frequent consumption (5 to 7 times / week) decreased from 39.6% to 3.6%. As for the consumption of high-risk foods, the frequency of 5 to 7 times a week increased in the same period, notably the consumption of soft drinks and artificial juices, which rose from 30.3% in pregnancy to 39.9% in the postpartum period. Healthy food pattern at six months postpartum was associated with a lower risk of increased BMI at twelve months (RR: 0.71; 95% CI 0.56 to 0.90; p = 0.004) and high risk food pattern , at six months postpartum was associated with an elevated risk for an increase in maternal BMI at six months (RR: 1.50 95% CI 1.19 to 2.13; p = 0.002). CONCLUSION: Women with GDM worsen their food consumption after childbirth, with a consequent increase in BMI in the first postpartum year. These findings reinforce the importance of postpartum monitoring of women with GDM for the prevention and control of obesity. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia.
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