The women of Agnes Grey

Abstract

Anne Brontë é uma destacada autora vitoriana, parte integrante do ícone cultural inglês conhecido como "As Irmãs Brontë". Mesmo assim, seu estilo se diferencia dos de Emily e Charlotte no sentido de que ela escreve um tipo de ficção que é menos romântico e mais realista. Assim sendo, apresento o romance Agnes Grey como corpus desta pesquisa que examina as formas como as mulheres são representadas naquele universo ficcional. Tanto Agnes Grey, protagonista do romance epônimo, quanto sua criadora Anne Brontë são mulheres vitorianas do norte da Inglaterra que trabalharam como governantas em mansões senhoriais. Além disso, como a maioria das personagens de Agnes Grey são mulheres, a análise de suas circunstâncias e comportamentos pode revelar como eram limitadas suas movimentações nesse contexto. Elas ficavam conscritas à esfera doméstica, do lar, com funções quem consiste quase exclusivamente em cuidar da casa, dos maridos e dos filhos, nos casos em que conseguem casar e constituir suas próprias famílias. Nos outros casos, seus espaços se tornam ainda mais restritos. Para realizar a investigação, centro a análise nas principais personagens femininas do romance, para determinar de modo elas se aproximam, ou se distanciam, dos padrões de comportamentos esperados. Como um suporte histórico e crítico, me baseio em textos escritos por Juliet Barker, Elizabeth Langland e Patricia Ingham. Ao final da pesquisa, espero que esta monografia sirva como uma contribuição aos estudos sobre a obra de Anne Brontë e também para contrastar as regras de comportamento feminino no século XIX e nos dias de hoje.

Anne Brontë is a major Victorian writer, part of the English cultural icon known as “The Brontë Sisters”. In spite of that, her style differs from Emily’s and Charlotte’s in the sense that Anne’s fiction is less Romantic and more Realistic. With this fact in mind, I choose her novel Agnes Grey as the corpus of the present research, which examines the ways in which women are represented in that fictional world. Agnes Grey, the protagonist of the eponymous novel, and Anne Brontë, her creator, are both Victorian women from the North of England who have worked as governesses in affluent manor houses. Moreover, as most of the characters in Agnes Grey are female, an analysis of their circumstances and behavior may expose how restricted women’s movements are in that context. They belong in the domestic sphere, at home, with their roles consisting almost exclusively in taking care of their houses, husbands and children, when they manage to marry and get a family of their own. Otherwise, their possibilities grow even scanter. In order to carry out this investigation, I center the analysis on the main female characters in the novel, so as to determine in what ways they adapt to the expected pattern of behavior, or deviate from it. As a historical and critical support, I rely on texts written by Juliet Barker, Elizabeth Langland and Patricia Ingham. As a result, I hope that this monograph may contribute to the study of the works of Anne Brontë, and also bring some further light on the contrast involving the rules of female behavior in the 19th Century and nowadays.