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dc.contributor.advisorCarvalho, Eros Moreira dept_BR
dc.contributor.authorSantos, Rafael Bittencourtpt_BR
dc.date.accessioned2021-01-19T04:10:16Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/217424pt_BR
dc.description.abstractO presente estudo desenvolve uma interpretação da filosofia teórica de David Hume que relaciona a sua crítica ao entendimento à sua proposta de um novo fundamento para as ciências. A dificuldade está no primeiro livro do Tratado da Natureza Humana, que inicia com a promessa de um novo fundamento para as ciências e encerra com a aparente declaração do seu fracasso. Para resolvê-la, toma-se como objeto de análise, além do Tratado da Natureza Humana, os Diálogos sobre a Religião Natural. Nesta obra, a discussão entre as personagens a respeito da possibilidade de uma ciência teológica permite ver a filosofia teórica de Hume em sua relação com um caso concreto. A personagem cética precisa dar conta tanto da possibilidade das ciências como da impossibilidade de uma ciência teológica. Dos Diálogos, conclui-se que a filosofia de Hume compromete-se com a experiência como campo que possibilita o diálogo e como fonte de autoridade dos princípios. Assim, interdita-se um ceticismo que assuma o absurdo como sua razão de ser, isto é, cuja crítica ao entendimento esteja baseada no seu caráter pretensamente defeituoso. Também, retira-se do cético a possibilidade de uma postura neutra: ele deve prestar contas dos seus compromissos teóricos que levam à suspensão do juízo. Do Tratado, conclui-se que Hume preserva o status das ciências demonstrativas ao mesmo tempo que denuncia as expectativas inadequadas a seu respeito. Essas expectativas, de infabilibilidade e indubitabilidade, estão associadas às funções consideradas próprias da razão, de autojustificação e autonomia. O novo fundamento das ciências consiste em abandonar a autojustificação e a autonomia da razão, compreendendo o seu exercício em meio às limitações ditadas pela experiência, cujo funcionamento depende do costume. É uma posição que permite o desenvolvimento das filosofias natural e moral porque identifica uma natureza humana, cuja experiência é humana e cujos princípios gerais de funcionamento são humanos. Com isso, ainda que se perca a expectativa de uma ciência das coisas em si bem como de uma perspectiva final, preserva-se a compreensibilidade da cooperação e do entendimento entre os seres humanos.pt_BR
dc.description.abstractThe present study develops an interpretation of David Hume’s theoretical philosophy that relates his criticism to the understanding to his proposal of a new foundation for the sciences. The difficulty is in the first book of the Treatise of Human Nature, which begins with the promise of a new foundation for the sciences and ends with the apparent declaration of its failure. In order to solve it, in addition to the Treatise of Human Nature, the Dialogues Concerning Natural Religion is taken as an object of analysis. In this work, the discussion between the characters about the possibility of a theological science allows to see Hume’s theoretical philosophy in relation to a concrete case. The skeptical character must account for both the possibility of the sciences and the impossibility of a theological science. From the Dialogues, it is concluded that Hume’s philosophy is committed to experience as a field that enables dialogue and as a source of authority for the principles. Thus, a skepticism that assumes the absurd as its foundation is prohibited, that is, whose criticism of the understanding is based on its allegedly defective character. Also, the possibility of a neutral stance is forbidden to the skeptic: he must account for his theoretical commitments that lead to the suspension of judgment. From the Treatise, it is concluded that Hume preserves the status of the demonstrative sciences while denouncing inadequate expectations about them. These expectations, of infability and indubitability, are associated with the functions considered proper to reason, self-justification and autonomy. The new foundation of the sciences abandons self-justification and autonomy of reason, understanding its exercise amid the limitations dictated by experience, whose functioning depends on custom. It is a skeptical position because it involves admitting the contingency of the principles of understanding and science. It is a position that allows the development of natural and moral philosophies because it identifies a human nature, whose experience is human and whose general principles of operation are human. With this, even if the expectation of a science of things is lost as well as of a final perspective, the comprehensibility of cooperation and understanding among human beings is preserved.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectHume, David, 1711-1776 : Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectSkepticismen
dc.subjectEmpiricismen
dc.subjectCeticismopt_BR
dc.subjectEmpirismopt_BR
dc.subjectUnderstandingen
dc.subjectReasonen
dc.subjectRazão (Filosofia)pt_BR
dc.subjectExperiência (Filosofia)pt_BR
dc.subjectExperienceen
dc.titleA proposta de uma ciência cética : entendimento e dúvida na filosofia de Humept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coKlaudat, André Nilopt_BR
dc.identifier.nrb001120752pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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