New information on Brasilodon and Brasilitherium (cynodontia, probainognathia) from the late triassic of southern Brazil

Abstract

New discoveries of articulated skulls and lower jaws of Brasilodon and Brasilitherium from the Late Triassic of Brazil provide additional information on these small cynodonts, allowing us to establish the family Brasilodontidae nov. The basicranium, lateral wall of the braincase, primary and secondary palates and the quadrate of Brasilitherium are described, as well as the basicranium, primary palate and lower jaw of Brasilodon. Brasilitherium exhibits more derived characters than Brasilodon in the periotic, the promontorium, and the articular process of the dentary. Brasilodon is more derived in the lower dentition, the mode of tooth replacement, and the vascular features in the “stapedial recess”. Both genera have interpterygoid vacuities that are considered here as possibly derived or reversed characters of the mammalian primary palate. The new phylogenetic analysis presented here corroborates the position of both genera as sister-group of mammals as previously proposed.

Novos achados, incluindo crânios com mandíbulas articuladas, de Brasilodon e Brasilitherium do Neotriássico do Brasil fornecem informações adicionais sobre estes pequenos cinodontes, permitindo a proposição de uma nova família, Brasilodontidae. São descritos o basicrânio, a parede lateral da caixa craniana, o palato primário e o secundário e ainda o quadrado de Brasilitherium, bem como o basicrânio, o palato primário e a mandíbula de Brasilodon. Brasilitherium apresenta caracteres mais derivados em relação a Brasilodon no periótico, promontório e processo articular do dentário. Brasilodon apresenta uma dentição mandibular mais derivada, bem como o padrão de substituição dentária e ainda o sistema vascular relacionado ao recesso estapedial. Ambos apresentam vacuidades interpterigóides, que são aqui interpretadas como uma característica derivada ou uma reversão, diretamente relacionada à organização do palato primário mamaliano. A nova análise filogenética aqui apresentada confirma a proposição deste dois gêneros constituírem o grupo-irmão dos mamíferos, como já foi proposto em trabalhos prévios.