Narrativas de infâncias e violências

Abstract

O paradigma da segurança sobrescreve-se sobre o princípiocomunicante das cidades, produzindo, mais do que o confinamento físico, uma experiência desvitalizada dos encontros. Nesse processo, é necessário que a diferença compareça destituída de sua capacidade de interpelar as subjetividades. A experimentação infantil da cidade, contudo, desconhece a convergência simplificadora das narrativas urbanas que clamam por vigiamento e segurança ou que desejam colecionar instantes assépticos da história urbana a partir de signos do passado da cidadeprontos para o consumo.Esse texto parte de acontecimentos marcados no rés do chão da Rua da República, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, para inspirar reflexões acerca do embate de forças que se expressa em traçados urbanos, fachadas de edifícios, modelos de infância oudispositivos legais, espreitando novos possíveis para os modos de narrar a vida na cidade contemporânea

The security paradigm over encodesitself upon the connectivity principle of the cities, producing, more than material confinement a bright lessexperience of encounters. In this process itisnecessary that difference appears as dispossessed of its capacity to confront subjectivities. The enfant experience of the city though doesnot take in account the simplifier confluence of the urban narratives which claim for surveillance and security or that wish to collect taintlesshistorical instants from readymade citypast signs. This text departsfrom ongoings tracedon the pavement level of the Rua da Republica street, in the Cidade Baixa neighborhood, Porto Alegre, to inspire reflectionsupon the clash of powers expressed onthe urban grid,in the buildings front, inchildhood conceptions and in legal apparatus, looking for new possibilities to the ways of narrating the urban contemporary life