Estratégia, capacidades e desempenho de inovação : discrepância entre o arranjo ótimo e o atual em empresas de manufatura

Abstract

Apesar da grande relevância econômica das micro e pequenas empresas de manufatura, elas ainda carecem de estudos que orientem seu comportamento de inovação do ponto de vista do entendimento da relevância de cada capacidade e as auxilie na tomada de decisão. Assim, através da análise de 1217 empresas foi possível o entendimento atual das capacidades de inovação para cada perfil e a relevância de cada capacidade no desempenho de inovação, ou seja, a definição do arranjo ótimo, possibilitando uma discussão acerca da eficiência de alocação de recursos como de tempo, esforço e financeiros para custo e valor. Através de métodos estatísticos concluiu-se que as empresas brasileiras alocam seus esforços de maneira ineficiente e priorizam a capacidade operacional, sendo essa a capacidade menos relevante para estratégias de custos e sequer significativa para as de valor. Mais do que investir em capacidades que não retornam, conclui-se também que capacidades importantes são subestimadas, sendo o caso da capacidade comercial para estratégia de custos e de desenvolvimento para valor.