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dc.contributor.advisorMittmann, Solangept_BR
dc.contributor.authorSilva, Maria Daniela Leite dapt_BR
dc.date.accessioned2020-08-26T03:37:05Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/213060pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação, fundamentada na Análise de Discurso pecheuxtiana, enceta reflexões sobre discursos relacionados ao universo feminino, tendo sua trajetória timoneada por temas trabalhados pelo feminismo no ponto em que cruzam com o percurso cíclico-discursivo da obra Sangria, de Luiza Romão. A obra estudada nos instiga a pensar sobre o rigor pelo qual os corpos femininos são submetidos e o quanto as exigências sociais os oprimem. Diante de imagens de fragmentos de um corpo premidos por trancas, costurados por fios, sobrepostos por lâminas ou perfurados por agulhas, somos chamados a abandonar o estado da indiferença. A impressão que essas imagens nos causam embrenha os efeitos de sentidos penetrando em espirais de memória onde (re)visitamos embargos históricos sobre as manifestações das subjetividades femininas. Além disso, a transgressividade de alguns poemas, denuncia a interdição a determinadas palavras relacionadas à genitália feminina, o que nos permite questionar as razões de tal interdição quando a comparamos, por exemplo, à abundância sinonímica de usos que envolvem uma ‘suposta potência’ ligada à genitália masculina. Assim, refletimos sobre o modo como os discursos sobre o feminino podem se abrir a diferentes possibilidades analíticas, desacomodando e desafiando, a um só tempo, a lógica que prevê a transparência e a estabilidade de sentidos. Vemos na leitura de Sangria um espaço para o questionamento sobre formas pelas quais as mulheres foram e continuam a ser significadas. Como fundamentação teórica na condução das análises, recorremos a noções trabalhadas pela Análise do Discurso como: condições de produção, memória, pré-construído, formações discursivas, entre outras. E com elas é que, em meio às dispersões de discursos e sentidos aos quais a obra nos remete, perseguimos as regularidades que ‘falam’ através de negações, transgressões, ironias, luzes, sombras etc. E no que se refere às análises da materialidade imagética, consideramos que ela ‘sobre-excede’ as evidências visuais de ordem ideológica, frequentemente impostas a nossos olhares.pt_BR
dc.description.abstractCette thèse, basée sur l'analyse du discours pêcheuxtien, amorce des réflexions sur les discours liés à l'univers féminin, dont la trajectoire est rythmée par des thèmes travaillés par le féminisme au point où ils se croisent avec la voie cyclico-discursive de l'œuvre brésilienne Sangria, de Luiza Romão. L’œuvre étudiée nous incite à réfléchir à la rigueur avec laquelle les corps féminins sont soumis et à quel point les exigences sociales les oppriment. Face à des images de fragments de corps pressés par des mèches, cousus par des fils, superposés par des lames ou percés d'aiguilles, nous sommes appelés à abandonner l'état d'indifférence. L'impression de ces images s’enferme dans les effets des sens pénétrant les spirales de la mémoire où l'on (re)visite les embargos historiques sur les manifestations des subjectivités féminines. De plus, la transgressivité de certains poèmes dénonce l'interdiction de certains mots liés aux organes génitaux féminins, ce qui nous permet de questionner les raisons d'une telle interdiction lorsque nous la comparons, par exemple, à l'abondance synonymique des usages qui impliquent un “pouvoir supposé” lié aux organes génitaux masculins. Ainsi, nous réfléchissons à la façon dont les discours sur le féminin peuvent s'ouvrir à différentes possibilités analytiques, gênant et défiant, à la fois, la logique qui assure la transparence et la stabilité des significations. Dans la lecture de Sangria, nous voyons un espace pour questionner la manière dont lesfemmes étaient et continuent d'être signifiées. Comme fondement théorique pour les analyses, nous avons utilisé des notions développées par l'analyse du discours telles que: les conditions de production, la mémoire, les pré- construites, les formations discursives, entre autres. C’est avec eux que, au milieu des dispersions de discours et de significations auxquelles Sangria fait référence, nous poursuivons les régularités qui “parlent”' à travers les dénis, les transgressions, les ironies, les lumières, les ombres, etc. Et par rapport à l'analyse de la matérialité de l'imagerie, nous considérons qu'elle «dépasse» les preuves visuelles d'un ordre idéologique, souvent imposée à nos yeux.fr
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAnálise do discurso literáriopt_BR
dc.subjectSangriafr
dc.subjectLuiza Romãofr
dc.subjectFeminismo na literaturapt_BR
dc.subjectSubjetividade na literaturapt_BR
dc.subjectPoésie fémininefr
dc.subjectRomão, Luiza, 1992-. Sangria : Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectLe féminismefr
dc.subjectRésistancefr
dc.subjectCorps fémininfr
dc.titleSangria : entre ciclos femininos e fluxos discursivos, atravessamentos históricos e de resistênciapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001117106pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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