Consumo alimentar de gestantes com e sem diabetes mellitus gestacional, ganho de peso gestacional e alterações antropométricas do recém-nascido nos primeiros seis meses de vida : estudo IVAPSA
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2019Author
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Master
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Abstract in Portuguese (Brasil)
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil é influenciado não apenas por fatores genéticos, mas também por fatores ambientais e de estilo de vida, dos quais grande parte pode ser modificável. Gestantes com consumo alimentar que priorize alimentos in natura podem diminuir riscos adversos na saúde materno-infantil. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o consumo alimentar de gestantes com e sem o diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) com o ganho de peso gestacional (GPG), além de verifica ...
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil é influenciado não apenas por fatores genéticos, mas também por fatores ambientais e de estilo de vida, dos quais grande parte pode ser modificável. Gestantes com consumo alimentar que priorize alimentos in natura podem diminuir riscos adversos na saúde materno-infantil. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o consumo alimentar de gestantes com e sem o diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) com o ganho de peso gestacional (GPG), além de verificar as medidas e indicadores antropométricos infantis durante os primeiros seis meses de vida. MÉTODOS: Estudo prospectivo com amostra de conveniência de puérperas que tiveram diagnóstico de Diabetes mellitus gestacional na gestação recente e de puérperas controle, sem diagnóstico de diabetes. O recrutamento das participantes foi realizado em três grandes hospitais de Porto Alegre, RS, entre 24 horas e 48 horas após o parto. Foram excluídas as puérperas com parto pré-termo, que fumaram ou que tiveram qualquer distúrbio hipertensivo durante a gestação. Também foram excluídas aquelas com recém-nascido pequeno para a idade gestacional, com doença aguda, malformação congênita ou que necessitassem de internação prolongada. Para a coleta de dados, entrevistas domiciliares e no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram realizadas até o sexto mês de vida dos descendentes das puérperas. O consumo alimentar gestacional, considerando o nível de processamento dos alimentos em alimentos in natura, ingredientes culinários, processados e ultraprocessados foi avaliado através de questionário de frequência alimentar validado. A aferição das medidas antropométricas dos recém-nascidos foi realizada seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Modelos de regressão univariada e multivariada foram utilizados para analisar a relação entre o processamento alimentar e resultados clínicos. A pesquisa foi aprovada pelos comitês de ética respectivos. RESULTADOS: A amostra foi composta por 175 duplas mãe/recém-nascidos, sendo 51 no grupo DMG e 124 no grupo controle. As mulheres com DMG apresentaram significativamente maior idade, paridade, índice de massa corporal pré-gestacional e número de consultas de pré-natal em comparação ao grupo controle. No grupo DMG houve significativamente maior consumo de alimentos in natura (54%), seguido de ultraprocessados (20,69%), processados (15,72%) e ingredientes culinários (5,26%). No grupo controle houve maior consumo de alimentos in natura (46,70%), seguido de ultraprocessados (27,06%), processados (17,11%) e ingredientes culinários (4,06%). O aumento de 1% no consumo de alimentos in natura foi associado à diminuição de 234g do GPG em mulheres com DMG. Da mesma forma, o aumento de 1% de in natura foi associado à diminuição de até 13,78g do peso ao nascer nos descendentes de mulheres com DMG. Já o aumento de 1% no consumo de alimentos ultraprocessados esteve associado ao aumento de até 11,34g do peso ao nascer em mulheres com DMG. CONCLUSÃO: No grupo DMG, o maior consumo de alimentos in natura foi associado a menor ganho de peso gestacional e a melhores desfechos antropométricos, pricipalmente até os primeiros 15 dias de vida de seus descendentes. ...
Abstract
BACKGROUND: Child development is influenced not only by genetic factors, but also by environmental and lifestyle factors, most of which can be modifiable. Pregnant women with food intake that prioritizes in natura foods may decrease adverse risks to maternal and fetal health. OBJECTIVE: This study evaluated the association between dietary intake of pregnant women with and without the diagnosis of Gestational Diabetes Mellitus (GDM) and gestational weight gain (GWG), as well as to verify the ant ...
BACKGROUND: Child development is influenced not only by genetic factors, but also by environmental and lifestyle factors, most of which can be modifiable. Pregnant women with food intake that prioritizes in natura foods may decrease adverse risks to maternal and fetal health. OBJECTIVE: This study evaluated the association between dietary intake of pregnant women with and without the diagnosis of Gestational Diabetes Mellitus (GDM) and gestational weight gain (GWG), as well as to verify the anthropometric measures and indicators of children during the first six months of life. SUBJECTS/METHODS: Prospective study with a convenience sample of puerperal women diagnosed with gestational diabetes mellitus in recent pregnancy and control puerperal women without diabetes diagnosis. The participants were recruited from 3 large hospitals in Porto Alegre, RS, between 24 hours and 48 hours after delivery. Postpartum women who had preterm birth, who smoked or who had any hypertensive disorder during pregnancy were excluded. Also excluded were those with a small newborn for gestational age, with acute illness, congenital malformation or requiring prolonged hospitalization. For data collection, home interviews and at the Clinical Research Center of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre were performed until the sixth month of life of the puerperal descendants. Gestational food intake, considering the level of food processing, was assessed through a validated food frequency questionnaire. The anthropometric measurements of newborns were measured according to the recommendations of the World Health Organization. Univariate and multiple regression models were used to analyse the relationship between food processing and clinical outcomes. The research was approved by the ethics committee. RESULTS: The sample consisted of 175 mother-offspring pairs, 51 in the GDM group and 124 in the control group. Women with GDM had significantly higher age, parity, pre-gestational BMI, and number of prenatal visits compared with the control group. In the DMG group there was significantly higher consumption of in natura foods (54%), followed by ultra-processed (20.69%), processed (15.72%) and culinary ingredients (5.26%). In the control group there was higher consumption of in natura foods (46.70%), followed by ultra-processed (27.06%), processed (17.11%) and culinary ingredients (4.06%). The 1% increase in in natura foods intake was associated with a 234g decrease in GPG in women with GDM. The 1% increase in natura foods intake was associated with a 234g decrease in GWG in women with GDM. Similarly, a 1% increase in in natura foods intake was associated with a decrease of up to 13.78g in birth weight in women with GDM. The 1% increase in ultra-processed foods intake was associated with an increase of up to 11.34g in birth weight in women with GDM. CONCLUSIONS: In the DMG group, higher intake of in natura foods was associated with lower gestational weight gain and better anthropometric outcomes, especially up to the first 15 days of life of their offspring. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente.
Collections
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