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dc.contributor.advisorGolin, Cidapt_BR
dc.contributor.authorCousin, Calvin da Silvapt_BR
dc.date.accessioned2020-07-02T03:36:15Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/211253pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa investiga a cobertura da cerimônia do Oscar realizada por jornalistas especializados em premiações. Partimos da perspectiva das teorias sobre acontecimento, base da prática jornalística, segundo as quais a entrega do prêmio pode ser encarada como um acontecimento midiático por excelência, enquanto toda a temporada de premiações hollywoodianas é marcada por acontecimentos que resultam na "corrida do Oscar". As produções dos jornalistas especializados, inseridas na lógica do jornalismo cultural, inevitavelmente se configuram como uma forma de traçar crítica sobre os filmes e estrelas considerados ao prêmio, possuindo caráter meta-acontecimental por, elas próprias, ressignificarem a concepção de seus objetos de análise. Desta forma, buscamos compreender como esses jornalistas configuraram a trajetória de um filme durante a temporada de premiações. Para fins deste estudo, será contemplada a corrida do Oscar 2017, marcada pelo favoritismo do filme musical La La Land - Cantando Estações, até o momento em que este foi anunciado como o vencedor do prêmio máximo, para, em seguida, se descobrir que houve um engano e o verdadeiro vencedor era Moonlight - Sob a Luz do Luar. Assim, utilizando como metodologia Análise de Conteúdo com o intuito de investigar o poder hermenêutico dos acontecimentos, foram selecionados trinta textos de três jornalistas estadunidenses sobre distintos momentos da corrida, objetivando descobrir como o texto crítico configurou a trajetória de La La Land e, consequentemente, a maneira como o próprio filme pode ser entendido. Contemplamos as modalizações de opinião e eventos externos à corrida do Oscar que eram invocados pelos jornalistas para contextualizar as chances do filme na disputa, bem como a forma como a premiação ressignifica as obras que a ela são cotadas, e evidenciamos a relação entre a atividade crítica e a produção de meta-acontecimentos. Verificamos que, logo após seu lançamento, o musical foi projetado como o favorito ao prêmio e serviu como parâmetro para a avaliação de todas as outras obras que estavam na disputa. Após novembro de 2016, a eleição de Donald Trump se torna um elemento constante nos textos, e surge como indicador de que o filme talvez seja por demais frívolo ou escapista para vencer, dissonante com o espírito do tempo. Percebe-se que a corrida do Oscar, um acontecimento ritual, precisa de novos enredos todos os anos para se manter atrativa, e a história que é apresentada pelos jornalistas como alternativa à de La La Land – filme feito sob medida para a premiação – é a do movimento OscarSoWhite, sobre disputas raciais em Hollywood e da qual Moonlight é adotado como símbolo. Ao final, a jornada do musical é desbancada, mas a espetacular falha no anúncio de Melhor Filme se torna o verdadeiro acontecimento jornalístico da noite, ao invés da celebração dos vencedores. Os apontamentos críticos sobre o filme são todos relacionados ao seu potencial em premiações, de forma que sua derrota seja a lembrança que fica para a posteridade. Percebemos, logo, que o texto fundamentalmente crítico dos jornalistas emerge como uma das muitas ferramentas capazes de reconfigurar o filme diante o público e a indústria, servindo tanto para alavancá-lo ao patamar de favorito da temporada quanto para derrubá-lo da categoria.pt_BR
dc.description.abstractThis research investigates the coverage of the Oscar ceremony by journalists specialized in the coverage of award shows. We depart from the perspective of theories about events, the basis of journalistic practice, according to which the show can be seen as a media event par excellence, while the entire Hollywood award season is marked by events that result in the "Oscar race". The texts of specialized journalists, inserted in the logic of cultural journalism, inevitably are configured as a way of drawing criticism about the films and stars considered for the award, having a meta-event character because, by themselves, they redefine the conception of their objects of analysis. Thus, we aim to comprehend how these journalists configured the journey of a movie during awards season. For the purposes of this study, the 2017 Oscar race will be contemplated, marked by the favoritism of the musical film La La Land, until the moment when it was announced as the winner of the ultimate award, only to be discovered that there was a mistake and the real winner was Moonlight. Thus, using as methodology a Content Analysis in order to investigate the hermeneutic power of the events, thirty texts by three Unitedstadian journalists about different moments of the race were selected, aiming to discover how the critical text configured La La Land journey, and, thus, the way the film itself can be understood. We contemplated the modalizations of opinion and the events external to the Oscar race that were invoked by the journalist to contextualize the chances of the movie in the competition, as well as the way how the award resignifies the works that are hyped for it, and we highlighted the relation between the critical activity and the production of meta-events We found that, shortly after its release, the musical was projected as the favorite for the award and served as a parameter for the evaluation of all other works that were competing. After November 2016, the election of Donald Trump becomes a constant element in the texts, and appears as an indicator that the film may be too frivolous or escapist to win, dissonant with the spirit of the time. It is clear that the Oscar race, a ritual event, needs new plots every year to remain attractive, and the story that is presented by journalists as an alternative to La La Land‟s – a film tailor-made for the awards – is that of the OscarSoWhite movement, about racial disputes in Hollywood and of which Moonlight is adopted as a symbol. In the end, the musical's journey is outdated, but the spectacular flaw in the announcement of Best Picture becomes the real journalistic event of the night, rather than the celebration of the winners. The critical notes about the film are all related to its potential in award shows, so its defeat is the reminder of it that remains for posterity. We noticed, then, that the journalists‟ fundamentally critical texts emerge as one of the many tools capable of reconfiguring the movie before the public and the industry, capable of both rising it to favorite status and of blowing it from this category.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectJornalismo culturalpt_BR
dc.subjectEventen
dc.subjectAcontecimento (Comunicação)pt_BR
dc.subjectFilm Criticismen
dc.subjectOscar (Prêmio cinematográfico)pt_BR
dc.subjectCultural Journalismen
dc.subjectOscar Coverageen
dc.titleCrítica de cinema e acontecimento: a trajetória do filme La La Land, Cantando Estações na disputa pelo Oscar 2017pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001115414pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Biblioteconomia e Comunicaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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