Do lugar de criança à posiçao de sujeito : de onde o analista lê?
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Data
2017Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Considerando as diversas formas de abordagem do sofrimento psíquico, este trabalho tem como propósito investigar as vicissitudes da posição do analista, especialmente no que diz respeito ao atendimento de crianças. Em primeiro lugar, é feita a distinção entre “lugar” e “posição” do analista, de modo que a situação de atendimento psicanalítico é compreendida como uma experiência de discurso, na qual a fala é o principal meio. Em segundo, busca-se ver os modos variados de apreensão do “texto” de ...
Considerando as diversas formas de abordagem do sofrimento psíquico, este trabalho tem como propósito investigar as vicissitudes da posição do analista, especialmente no que diz respeito ao atendimento de crianças. Em primeiro lugar, é feita a distinção entre “lugar” e “posição” do analista, de modo que a situação de atendimento psicanalítico é compreendida como uma experiência de discurso, na qual a fala é o principal meio. Em segundo, busca-se ver os modos variados de apreensão do “texto” de uma sessão. Assim, a escuta psicanalítica é concebida como aquela pela qual as palavras são lidas em seus elementos mínimos, instaurando jogos com a linguagem. A partir das formulações lacanianas, privilegia-se, portanto, a atenção concedida às palavras na sessão psicanalítica, e, sobretudo, a potência delas diante da interferência causada pela atual difusão de expressões do discurso científico que pretendem descrever o mal-estar. Para além do apoio em um código ou da oferta de sentido, situa-se a escuta psicanalítica como aquela que se interessa pelo que não foi dito. Por fim, através da história da psicanálise com crianças e das peculiaridades desse atendimento, apontam-se os desafios impostos por essa prática, bem como o seu campo fértil para que nela sejam observadas as intromissões do discurso da ciência. Dessa forma, o objetivo é compreender de que maneira o psicanalista, por meio da escuta-leitura do significante, toca o Real, mesmo que com o atravessamento do vocabulário nosográfico. Conclui-se que a posição de sujeito depende do modo como o psicanalista se posiciona, de maneira que o sujeito do inconsciente seja escutado. ...
Abstract
Considering the various ways of approaching psychological distress, this research investigates the vicissitudes from the analyst’s standpoint regarding the treatment of child patients. First, I distinguish between an analyst’s “standpoint” and “position”, for I conceive of the psychoanalytic encounter as a discourse experience in which talk plays a central role. Secondly, I seek to look at the various possible ways to interpret the “texts” that emanate from the psychoanalytical encounter. Thus, ...
Considering the various ways of approaching psychological distress, this research investigates the vicissitudes from the analyst’s standpoint regarding the treatment of child patients. First, I distinguish between an analyst’s “standpoint” and “position”, for I conceive of the psychoanalytic encounter as a discourse experience in which talk plays a central role. Secondly, I seek to look at the various possible ways to interpret the “texts” that emanate from the psychoanalytical encounter. Thus, I conceive of psychoanalytical listening in the light of language games, for words are to be interpreted in their minimal elements. Aligned with a lacanian perspective, I privilege the attention granted to words in the psychoanalytical encounter, and, above all, their power vis-à-vis the interference caused by the current popularity of words that emanate from scientific discourse and aim at describing distress. Beyond merely offering meaning, I conceive the psychoanalytical listening as one that is interested in what has not been said. Finally, through the history of child psychoanalysis with children and from the idiosyncrasies of such treatment, I point out the challenges imposed by this practice and propose it is a fertile field as one can pinpoint interferences of scientific discourse. Therefore, the purpose of this research is to understand the ways in which the psychoanalyst – through writing-reading the significant – touches the Real, despite the crossings of nosographic vocabulary. The conclusion is that the subject position depends on how the psychoanalist positions him or herself, so that the unconscious subject can be listened. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura.
Coleções
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Ciências Humanas (7479)
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