Transeuntes : o próximo e o distante na transitoriedade cotidiana através da pintura

Abstract

A presente pesquisa desenvolve-se a partir de uma série de trabalhos em pintura figurativa, em que são representadas situações cotidianas, e são usadas como referência imagens capturadas por meios digitais, como fotos de câmera de celular, fotografias em panorâmica do Google Maps e capturas de tela da rede social Instagram. O cerne do trabalho encontra-se na noção de “transitoriedade”, ou seja, a respeito dos momentos do dia a dia considerados um “meio para um fim”, tal qual caminhadas, embarcações em meios de transporte públicos e outros tipos de pausa caracterizados pelo ócio. Por reflexões acerca da suposta banalidade do tema em questão, são exploradas as formas de transfiguração dessas imagens à prática pictórica, abordando tanto a fatura quanto a contemplação dentro de conceitos como “tédio profundo”, trazido de Byung-chul Han, e de “não-lugares”, de Marc Augé.

This research is developed from a series of works in figurative painting, in which everyday situations are represented, and images captured from digital mediums are used as reference, like photos from a cellular phone camera, Google Maps' panoramic photographs and screenshots from the social network Instagram. The core of the work lies in the notion of “transitoriness”, or, in other words, it is about daily moments which are considered a “means to an end”, such as walkings, being on board public transport facilities and other sorts of pauses characterized by leisure. Through reflexions around the supposed banality of the theme in question, ways of transfiguration of these images into the pictorial practice are explored, addressing both the workmanship and contemplation within concepts like “profound boredom”, brought from Byung-chul Han, and “non-places”, by Marc Augé.