Estoque domiciliar de medicamentos na comunidade ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da Família, em Ibiá-MG, Brasil
Fecha
2010Otro título
Drug storage at home in the community assisted by the Family Health Programme in Ibiá, MG, Brazil
Resumo
O objetivo do estudo foi examinar o estoque de medicamentos na comunidade Ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da Família (PSF). Buscou-se descrever as características dos usuários, as condições de armazenamento, as classes terapêuticas, as formas farmacêuticas e a procedência dos medicamentos do estoque caseiro. Foram visitados 285 domicílios, no período de julho a setembro de 2004. Verificou-se que a média de medicamentos por domicílio foi de 8,4, e que 93,5% das famílias entrevistadas ap ...
O objetivo do estudo foi examinar o estoque de medicamentos na comunidade Ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da Família (PSF). Buscou-se descrever as características dos usuários, as condições de armazenamento, as classes terapêuticas, as formas farmacêuticas e a procedência dos medicamentos do estoque caseiro. Foram visitados 285 domicílios, no período de julho a setembro de 2004. Verificou-se que a média de medicamentos por domicílio foi de 8,4, e que 93,5% das famílias entrevistadas apresentaram pelo menos um medicamento em estoque. Os medicamentos estocados em maior número foram: analgésicos (11,15%), seguidos dos diuréticos (6,42%), antibacterianos para uso sistêmico (5,82%), anti-inflamatórios (5,08%) e antiácidos (4,10%). Embora seja considerável o número de medicamentos estocados nos domicílios, foi pequeno o número de medicamentos sem prescrição médica procedentes do Sistema Público de Saúde, sendo este um reflexo favorável dos serviços de Assistência Farmacêutica do Município. Apesar disso, foi verificado um elevado percentual (41,6%) de medicamentos adquiridos em farmácias sem a devida prescrição médica (automedicação). Foi encontrado um percentual de 18,5% de medicamentos vencidos. Verificou-se, também, que parte do estoque domiciliar resulta de prescrições com quantidades superiores às necessárias para o tratamento (20%), do não cumprimento do tratamento prescrito (17%) e da aquisição por conta própria (9%). O estudo sugere a necessidade de orientação dos usuários em relação à utilização e ao armazenamento dos medicamentos, à sistematização dos registros de dados e oferece subsídios para adoção de decisões vinculadas ao processo de planejamento e execução das ações na Assistência Farmacêutica. ...
En
Saúde e sociedade. Vol. 19, n. 3 (2010), p. 653-663
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