Efeitos do treinamento aeróbio e de força na pressão arterial e atividade autonômica de indivíduos hipertensos de meia idade : um ensaio clínico randomizado
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Data
2019Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos em repouso e que afeta aproximadamente um terço da população mundial. O treinamento físico tem sido amplamente recomendado como forma de tratamento não medicamentosa para indivíduos com essa condição, em especial o treinamento aeróbio (TA), devido ao maior corpo de evidências. Com relação ao treinamento de força (TF), não há um consenso sobre seus efeito ...
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos em repouso e que afeta aproximadamente um terço da população mundial. O treinamento físico tem sido amplamente recomendado como forma de tratamento não medicamentosa para indivíduos com essa condição, em especial o treinamento aeróbio (TA), devido ao maior corpo de evidências. Com relação ao treinamento de força (TF), não há um consenso sobre seus efeitos na pressão arterial e atividade do sistema nervoso autônomo. Objetivos: Avaliar e comparar os efeitos do TA e do TF na pressão arterial e atividade autonômica de indivíduos hipertensos de meia idade. Métodos: Vinte e dois indivíduos de ambos os sexos, idade entre 30-59 anos, previamente diagnosticados com hipertensão arterial e adequadamente controlados participaram do estudo, sendo randomizados nos grupos experimentais, TA ou TF. O treinamento ocorreu durante 12 semanas sendo mensuradas as variáveis: variabilidade da frequência cardíaca (VFC), pressão arterial ambulatorial de 24h, consumo de oxigênio de pico (VO2pico), perfil lipídico e glicêmico antes e após o período de treinamento. Resultados: Os grupos TA (n=11 idade=45,47,5 mulheres=4 homens=7) e TF (n=11 idade=45,87,8mulheres=6 homens=5) foram homogêneos entre si previamente à intervenção. Os indivíduos que realizaram TA apresentaram aumento nos índices da VFC, SDNN – Desvio padrão de todos os intervalos NN normais (p=0,02), RMSSD – Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (p<0,01), pNN50 – Porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferença de duração maior que 50ms (p=0,04) e índice triangular (p=0,02). O grupo TA apresentou pressão arterial sistólica de 24 horas reduzida (Δ=6,2 mmHg, p=0,006), enquanto o grupo TF foi capaz de diminuir a pressão arterial diastólica de 24 horas (Δ=4,3 mmHg, p=0,03). Nenhum dos métodos de treinamento promoveu alterações na frequência cardíaca de repouso. No grupo TA, o VO2pico aumentou significativamente após a intervenção (p<0,01). Além disso, ambas as estratégias de treinamento promoveram redução no colesterol total (TA: p=0,01 ; TF: p=0,01), LDL (TA: p<0,01 ; TF: p<0,01) e relação colesterol/HDL (TA: p<0,01 ; TF: p=0,04), com o TA sendo eficaz no aumento do HDL (p=0,025). Conclusão: Em indivíduos hipertensos de meia idade, 12 semanas de TA promoveram aumento nos índices da VFC que representam a atividade parassimpática do sistema nervoso autônomo em conjunto com redução da pressão arterial sistólica. Por fim, ambos os métodos de treinamento foram eficazes na modulação positiva do perfil lipídico. ...
Abstract
Introduction: Systemic arterial hypertension is a multifactorial clinical condition characterized by sustained elevation of blood pressure levels at rest and affects approximately one third of the world population. Physical training has been widely recommended as a form of non-drug treatment for individuals with this condition, especially aerobic training (AT), due to the greater body of evidence. Regarding resistance training (RT), there is no consensus about its effects on blood pressure and ...
Introduction: Systemic arterial hypertension is a multifactorial clinical condition characterized by sustained elevation of blood pressure levels at rest and affects approximately one third of the world population. Physical training has been widely recommended as a form of non-drug treatment for individuals with this condition, especially aerobic training (AT), due to the greater body of evidence. Regarding resistance training (RT), there is no consensus about its effects on blood pressure and autonomic nervous system activity. Objectives: The aim of the present study was evaluate and compare the effects of AT and RT on the arterial pressure and autonomic activity of hypertensive middle age individuals. Methods: Twenty-two individuals aged 30-59 years with a diagnosis of hypertension and adequately controlled participated in the study, participants were randomized in the experimental groups, AT or RT. Training took place over 12 weeks and variables were measured: heart rate variability (HRV), 24h ambulatory blood pressure, peak oxygen consumption (VO2peak), lipid and glycemic profile before and after the training period. Results: The AT group (n=11 age=45.4±7.5; females=4, males=7) and RT group (n=11 age=45.8±7.8; females=6 males=5) were previously homogeneous intervention. The individuals who performed AT showed an increase in HRV, SDNN – Standard deviation of the NN intervals (p=0.02), RMSSD – Square root of the mean squared differences of successive NN intervals (p<0.01), pNN50 – proportion derived by dividing NN50 by the total number of NN intervals (p=0.04) and triangular index (p=0.02). In the AT group, VO2peak increased significantly after the intervention (p <0.01). The AT group had reduced 24h-systolic blood pressure (Δ=6.2 mmHg, p=0.006), whereas the RT group was able to reduce 24h-diastolic blood pressure (Δ=4.3 mmHg, p=0.03). In addition, both training strategies promoted reduction in total cholesterol (AT: p=0.01 / RT: p=0.01), LDL (AT: p<0.01 / RT: p<0.01) and the cholesterol-HDL ratio (AT: p<0.01 / RT: p=0.04), with AT being effective in increasing HDL (p=0.025). Conclusion: In middle age hypertensive individuals, 12 weeks of AT promoted an increase in the HRV indexes reflecting parasympathetic activity of the autonomic nervous system together with a reduction in systolic blood pressure. Finally, both training methods were effective in modulating the lipid profile positively. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Curso de Educação Física: Licenciatura.
Coleções
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TCC Educação Física (1252)
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