Adaptação ao português brasileiro e aplicação do Índice Prototípico de Melancolia de Sydney (SMPI) em amostra de pacientes deprimidos ambulatoriais
Fecha
2019Autor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Introdução: A Depressão Maior (DM) agrupa apresentações clínicas heterogêneas. A hipótese binária propõe que melancolia seria melhor caracterizada como um transtorno afetivo distinto da depressão não-melancólica. Novas medidas surgiram nas últimas décadas para auxiliar nessa distinção. O Sydney Melancholia Prototype Index (SMPI) é um instrumento que utiliza uma estratégia prototípica para avaliar a melancolia. O SMPI possui duas versões, uma auto-aplicável pelo paciente (SMPI-SR) e outra aplica ...
Introdução: A Depressão Maior (DM) agrupa apresentações clínicas heterogêneas. A hipótese binária propõe que melancolia seria melhor caracterizada como um transtorno afetivo distinto da depressão não-melancólica. Novas medidas surgiram nas últimas décadas para auxiliar nessa distinção. O Sydney Melancholia Prototype Index (SMPI) é um instrumento que utiliza uma estratégia prototípica para avaliar a melancolia. O SMPI possui duas versões, uma auto-aplicável pelo paciente (SMPI-SR) e outra aplicada pelo avaliador (SMPI-CR). Esta dissertação tem por objetivo realizar a tradução, adaptação transcultural e estudar o desempenho do SMPI em comparação com outras abordagens tradicionais de avaliar melancolia. Métodos: A dissertação é composta por dois artigos. O primeiro descreveu os processos de tradução e adaptação transcultural conforme proposto pela International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR). O segundo artigo descreveu a aplicação do SMPI em pacientes depressivos ambulatoriais do Programa de Transtornos de Humor do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, sendo os resultados analisados quanto a concordância por kappa entre as duas versões de SMPI entre si e com DSM-IV e CORE≥8, quanto a correlação por teste-t com HAM-D17, HAM-D6 e CORE e avaliação de concordância teste-reteste por kappa. Resultados: As versões traduzidas e adaptadas do SMPI foram bem recebidas pelos respondentes. O instrumento SMPI-CR mostrou concordâncias significativas, mas baixa com SMPI-SR (kappa 0,21), baixa-moderada CORE≥8 (kappa 0,33) e moderadas com DSM-IV (kappa 0,44). Pacientes melancólicos de acordo com o SMPI-CR apresentaram escores significativamente maiores no CORE (Tamanho do Efeito [ES]: (0,83 p≤0,001), HAM-D17 (0,46 p = 0,049) e HAM-D6 (0,65 p = 0,002). A análise do SMPI-SR mostra diferença significativa apenas para o HAM-D6 (ES: 0,53 p = 0,035). Prevalências de melancolia foram DSM = 56,6%, CORE≥8 31,4%, SMPI-CR 31,1% e SMPI-SR 19,8%. As respostas do processo de pontuação da SMPI pelos avaliadores tiveram distribuição semelhante às encontradas no instrumento original. A avaliação teste-reteste mostrou concordâncias significativas de 0.393 (p=0.003) para SMMPI-CR e 0.267 (p=0.045) para SMPI-SR. Discussão: A versão brasileira do SMPI apresentou equivalência semântica com a versão original em inglês. A avaliação concorrente do SMPI com outros instrumentos mostrou desempenho adequado, maior com a SMPI-CR, com capacidade de distinção de pacientes com protótipo melancólico. ...
Abstract
Introduction: Major Depression (DM) groups heterogeneous clinical presentations. The binary hypothesis proposes that melancholia would be better characterized as an affective disorder distinct from non-melancholic depression. New measures have emerged in recent decades to assist in this distinction. Sydney Melancholia Prototype Index (SMPI) is an instrument that uses a prototypical strategy to assess melancholia. SMPI has two versions, one self-rated (SMPI-SR) and the other one is clinician-rat ...
Introduction: Major Depression (DM) groups heterogeneous clinical presentations. The binary hypothesis proposes that melancholia would be better characterized as an affective disorder distinct from non-melancholic depression. New measures have emerged in recent decades to assist in this distinction. Sydney Melancholia Prototype Index (SMPI) is an instrument that uses a prototypical strategy to assess melancholia. SMPI has two versions, one self-rated (SMPI-SR) and the other one is clinician-rated (SMPI-CR). This dissertation aims to perform translation, cross-cultural adaptation and study the performance of SMPI in comparison to other traditional approaches to assess melancholia. Methods: The dissertation is composed by two articles. The first described the processes of translation and cross-cultural adaptation as proposed by the International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR). The second article described the application of SMPI in outpatient depressive patients of Programa de Transtornos de Humor of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, and the results were analyzed for concurrent validity with kappa coefficient agreement between both versions of SMPI themselves and with DSM-IV and CORE≥8, correlation analysis using t-test with HAM-D17, HAM-D6 and CORE and for test-retest reliability with kappa coefficient. Results: Translated and adapted versions of the SMPI were well received by the respondents. SMPI-CR instrument showed significant but low agreement with SMPI-SR (kappa 0.21), low-moderate CORE≥8 (kappa 0.33) and moderate with DSM-IV (kappa 0.44). Patients with melanoma according to SMPI-CR presented significantly higher scores in CORE (Effect Size [ES]: (0.83 p≤0.001), HAM-D17 (0.46 p = 0.049) and HAM-D6 (0, The prevalence of melancholia was DSM = 56.6%, CORE = 8%, 31.4% (p = 0.003), SMPI-CR 31.1%, and SMPI-SR 19.8%. The responses of the SMPI scoring process by the evaluators had a similar distribution to those found in the original instrument. The test-retest reliability was evaluated by kappa, with agreement of 0.393 (p=0.003) for SMPI-CR and of 0.267 (p=0.045) for SMPI-SR. Discussion: Brazilian version of the SMPI presented semantic equivalence with the original version in English and showed adequate performance when compared with other methods of evaluating melancholia. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento.
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