Preparades na APS : conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais da atenção primária à saúde de Porto Alegre sobre a profilaxia pré-exposição ao HIV (prep)
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Data
2019Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A implementação da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) iniciou recentemente no SUS. Este é mais um método de enfrentamento ao HIV e à aids, os quais são ainda um importante problema de saúde pública. A PrEP é voltada a indivíduos de populações em situação de vulnerabilidade ao HIV, porém iniquidades de acesso têm ocorrido. A atenção primária à saúde (APS) pode exercer um papel estratégico nesta situação. Há uma lacuna na literatura brasileira sobre conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) re ...
A implementação da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) iniciou recentemente no SUS. Este é mais um método de enfrentamento ao HIV e à aids, os quais são ainda um importante problema de saúde pública. A PrEP é voltada a indivíduos de populações em situação de vulnerabilidade ao HIV, porém iniquidades de acesso têm ocorrido. A atenção primária à saúde (APS) pode exercer um papel estratégico nesta situação. Há uma lacuna na literatura brasileira sobre conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) relacionados à PrEP de profissionais da saúde. Este estudo implementou uma ação educativa e avaliou CAP de profissionais da APS sobre a PrEP e a prevenção combinada do HIV, na perspectiva da equidade e de zero discriminação. Este é um estudo CAP com ação educativa e abordagem mista. O componente qualitativo consiste na elaboração de um instrumento de coleta de dados para avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais da atenção primária sobre a PrEP, através de revisão de literatura, grupo operativo e aplicação em profissionais elegíveis. Foi desenvolvido um instrumento com dois questionários para serem aplicados antes e após a ação educativa. A primeira etapa do componente quantitativo envolveu a análise da ação educativa pelos participantes. A segunda etapa consistiu em uma análise descritiva dos dados obtidos antes da ação, apresentados em números absolutos e percentuais. A última etapa se trata de comparações entre antes e após ação educativa, as quais foram realizadas por meio do teste de homogeneidade de proporções baseados na estatística de qui-quadrado de Pearson. Foi realizada uma ação educativa com 57 indivíduos, em sua maioria profissionais residentes em saúde que atuam na APS. A avaliação da ação pelos participantes foi positiva, porém 63,8% indicou que a carga horária de quatro horas não é totalmente suficiente para explorar o tema. Antes da ação educativa, 88,6% autodeclararam o conhecimento sobre a PrEP como insuficiente ou pouco suficiente. Quando avaliados, 79,6% obtiveram conhecimento insuficiente ou pouco suficiente. Embora 76,4% estariam dispostos a recomendar a PrEP aos usuários, apenas 2,3% informaram ter realizado a recomendação nos últimos sete dias. A insuficiência de treinamento para recomendar a PrEP foi o motivo mais frequente para poder não a recomendar, apontado por 53,8% dos respondentes. Após a ação educativa, 65,2% (p = 0,465) autodeclararam o conhecimento como suficiente ou muito suficiente, e 69,6% (p = 0,001) atingiram esses níveis quando avaliados. Ainda, 43 recomendariam a PrEP aos usuários, enquanto 3 não responderam quando questionados. Portanto, houve melhora no conhecimento sobre a PrEP após a ação educativa e possivelmente houve melhora na atitude em relação à recomendação do método. As possíveis implicações em políticas públicas podem ser consideradas benefícios tanto para a população estudada, no sentido de incentivo à educação permanente, quanto para as populações impactadas pela prática desses profissionais. Ou seja, na diminuição de iniquidades de acesso à PrEP no Brasil e, consequentemente, no fortalecimento do enfrentamento ao HIV e à aids. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1140)
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