Reconciliação medicamentosa de pacientes em uso de varfarina em um hospital universitário
Fecha
2015Autor
Tutor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Discrepâncias medicamentosas entre medicamentos de uso domiciliar e os de uso hospitalar podem contribuir para o aparecimento de eventos adversos na hospitalização e na alta de pacientes. Os erros decorrentes do uso inadequado de medicamentos durante a internação hospitalar são muito preocupantes, podendo causar danos irreversíveis sobre a saúde. Estudos têm demonstrado que reconciliação medicamentosa (RM) tem grande impacto na prevenção de eventos adversos graves relacionados a medicamentos. O ...
Discrepâncias medicamentosas entre medicamentos de uso domiciliar e os de uso hospitalar podem contribuir para o aparecimento de eventos adversos na hospitalização e na alta de pacientes. Os erros decorrentes do uso inadequado de medicamentos durante a internação hospitalar são muito preocupantes, podendo causar danos irreversíveis sobre a saúde. Estudos têm demonstrado que reconciliação medicamentosa (RM) tem grande impacto na prevenção de eventos adversos graves relacionados a medicamentos. Objetivo: Identificar, por meio de RM, discrepâncias não intencionais (DNI) entre prescrição da internação hospitalar e medicamentos de uso domiciliar de pacientes usuários de varfarina e quantificar a aceitação das intervenções farmacêuticas pela equipe médica. Método: Estudo prospectivo conduzido em hospital universitário, com pacientes em uso de varfarina, internados no período de março a julho de 2014. Dados da RM foram coletados na admissão hospitalar e discrepâncias não intencionais (DNI) foram identificadas por meio da comparação das listas de medicamentos usados no domicilio e os prescritos na internação hospitalar. As intervenções com a equipe médica ocorreram por meio de alertas eletrônicos, monitoradas por três dias e classificadas como aceitas, não aceitas e aceitas parcialmente. Resultados: Um total de 103 pacientes foram acompanhados e os números de medicamentos prescritos por paciente tiveram uma média de 11,92 +- 3,5 e medicamentos de uso domiciliar média de 4,85 +- 2,7. Identificou-se 105 discrepâncias, sendo destas 75 classificadas como DNI, apresentando 0,9 discrepâncias por paciente. DNI com maior percentual (77,3%) foi omissão de algum medicamento usado antes da internação. Como classe terapêutica mais presente nas omissões, aparecem os psicoanalépticos (17,5%), seguido pelos diuréticos (15,8%) e medicamentos para distúrbios ácidos (12,3%). As intervenções farmacêuticas foram aceitas em 72,2% na totalidade, 9,3% parcialmente e 18,5% não foram aceitas. Varfarina com sinvastatina foi a interação medicamentosa mais freqüentemente encontrada, em 72,9% das prescrições. Já o medicamento mais envolvido nas omissões foi o omeprazol e o segundo o citalopram. Conclusão: foram identificadas taxas de discrepâncias não intencionais semelhantes a outros estudos conduzidos internacionalmente, inclusive envolvendo as classes terapêuticas mais presentes nas discrepâncias não intencionais, mostrando a importância da reconciliação medicamentosa. Intervenções farmacêuticas foram bem aceitas pela equipe médica, corroborando a importância do farmacêutico na equipe multiprofissional para prevenir aparecimento de eventos adversos relacionados a medicamentos e garantir a segurança de pacientes. ...
Abstract
Discrepancies between drugs for domestic and for hospital use can contribute to the onset of adverse events during hospitalization and at patients’ discharge. Errors due to inappropriate use of medications during hospitalization are very worrying and may cause irreversible damage to patients’ health. Some studies have shown that medication reconciliation (MR) has a great impact in preventing serious adverse events related to drugs. Objective: To identify, through MR, unintentional discrepancies ...
Discrepancies between drugs for domestic and for hospital use can contribute to the onset of adverse events during hospitalization and at patients’ discharge. Errors due to inappropriate use of medications during hospitalization are very worrying and may cause irreversible damage to patients’ health. Some studies have shown that medication reconciliation (MR) has a great impact in preventing serious adverse events related to drugs. Objective: To identify, through MR, unintentional discrepancies (UD) between hospital prescription and home use of drugs in patients using warfarin and quantify the acceptance of pharmaceutical interventions by physicians. Method: A prospective study conducted in a university hospital with patients using warfarin, hospitalized from March to July 2014. Data from the MR were collected at hospital admission and unintentional discrepancies (UD) were identified by comparing the lists of drugs used in the household and the ones prescribed during hospitalization. Interventions with the medical staff occurred through electronic alerts in the prescription, were monitored for three days and were classified as accepted, not accepted and partially accepted. Results: A total of 103 patients were followed and the number of prescribed drugs per patient at the hospital averaged 11.92 + 3.5 and average household drugs was 4.85 + 2.7. The identified discrepancies were 105, where 75 were classified as UD, with 0.9 discrepancies per patient. The UD with the highest percentage (77.3%) was omission of any medication used before hospital admission. The most frequent therapeutic class found in this study was the psychoanaleptics (17.5%), followed by diuretics (15.8%) and drugs for gastric disorders (12.3%). The pharmaceutical interventions were accepted in 72.2% overall, 9.3% partially and 18.5% were unsuccessful. The most frequently drug interaction found was Warfarin and Simvastatin (72.9% of prescriptions), and the most involved drug in prescription omissions was omeprazole and the second was citalopram. Conclusion: Unintentional discrepancies rates were similar to other international studies, and the same therapeutic classes in unintentional discrepancies were identified, showing the importance of having medication reconciliation in hospitalization. Pharmaceutical interventions were well accepted by the medical team, confirming the importance of having a pharmacist in multidisciplinary team to prevent the development of adverse events related to drugs and ensure patients’ safety. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica.
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Ciencias de la Salud (9127)
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